Afroempreendedorismo: o empoderamento dos negros no mercado

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No início do ano de 2018, o lançamento do filme “Pantera Negra”, filme da Marvel, trouxe temas inerentes à identidade negra. A trajetória da luta dos negros por igualdade social, as particularidades culturais e históricas do povo africano e os seus estereótipos são assuntos retratados por essa produção cinematográfica. No Brasil, assim como em outros países, tais questões são abordadas pelo afroempreendedorismo, iniciativa que vem ganhando força pela sua proposta inclusiva.

O afroempreendedorismo, ou empreendedorismo afro, visa o estímulo da inovação e da geração de negócios, de modo a ampliar as oportunidades de trabalho e renda para os negros no Brasil, uma vez que a discriminação racial ocorre no mundo dos negócios, como apresentado na pesquisa feita entre os participantes do PBAE (Projeto Brasil Afroempreendedor), apontando que quase metade dos respondentes (44,5%) já sofreram com manifestações de racismo por parte de clientes. Tal preconceito gera menos oportunidades de trabalho para essa grande parcela da população.

Assim, algumas empresas ou organizações, sensibilizadas ao grande potencial do mercado para os negros, planejam incentivos a esse público, oferecendo benefícios como a forma de empréstimos de capital para o início de seu negócio. A partir dos incentivos advindos dessa iniciativa, o número de empreendedores negros está crescendo no mercado, aumentando, na mesma proporção, o número de negócios que tragam à tona elementos das raízes africanas.

Outra forma de incentivo é através da criação de eventos onde as pessoas podem apresentar o seu produto para potenciais investidores e consumidores. Um grande exemplo disso é a Feira Preta, evento que une cultura e comércio de produtos afro-étnico. Pinturas, músicas, livros e roupas são algumas das produções que os visitantes podem apreciar no evento que já é considerado o maior encontro de cultura negra da América Latina.

É perceptível, portanto, que existe, cada vez mais, a valorização da cultura negra, seja nos filmes, seja no mercado. Dessa forma, o incentivo social e econômico para tais movimentos ajuda não só a posicionar a imagem da população negra, como também auxilia na quebra das barreiras sociais.

REFERÊNCIAS

DCM. O sucesso da Feira Preta, o maior evento de empreendedorismo negro da América Latina. Disponível em: <https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-sucesso-da-feira-preta-o-maior-evento-de-empreendedorismo-negro-da-america-latina/>. Acesso em: 21 de jun. 2018.

FEIRA PRETA. FEIRA CULTURAL PRETA. Disponível em: <http://feirapreta.com.br/projetos/feira-cultura-preta/>. Acesso em: 22 de jun. 2018.

MEDIUM.COM. O afro-empreendedorismo e as novas perspectivas para o mercado. Disponível em: <https://medium.com/clavedefapp/o-afro-empreendedorismo-e-as-novas-perspectivas-para-o-mercado-52fe87069bd7>. Acesso em: 20 de jun. 2018.

VAREJO S.A. Afroempreendedorismo. Disponível em: <http://revistavarejosa.com.br/varejo-cidadao/afroempreendedorismo/>. Acesso em: 20 de jun. 2018.

LF

Festejos Juninos: mais do que festas, oportunidades

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Com a crise econômica brasileira e a greve dos caminhoneiros, que resultou em um aumento relevante nos preços de muitos alimentos e produtos, faturar um bom dinheiro em uma época tão divertida e bonita, como são os festejos juninos, parece bom demais para ser verdade. No entanto,  é possível, basta apenas um bom marketing, planejamento, ideias inovadoras e saber usar os recursos que estão a sua disposição.

Os festejos juninos, popularmente conhecidos como “São João”, produzem, no comércio, oportunidades para quase todos os ramos, desde o mercado de moda e decoração ao setor alimentício. Desse modo, muitas pessoas se utilizam desse período de festividade para empreender momentaneamente, vendendo bolos, doces e tortas típicos, como pé de moleque e canjica, e bebidas tradicionais, como licor de jenipapo e aluá. Além disso, quem quiser garantir um dinheiro a mais no final do mês também pode optar pela produção de enfeites decorativos (como balões e bandeirinhas) e roupas típicas. Diante disso, é perceptível que as possibilidades são diversas, o ideal é procurar aquela em que o empreendedor irá se destacar mais perante o público.

Ademais, as festas juninas possibilitam, também, uma oportunidade de atrair mais público para os negócios. Com isso, investir em uma decoração típica no estabelecimento, em uma caracterização dos funcionários com roupas temáticas e em campanhas publicitárias com teor junino, como “ofertas de São João”, é uma ótima ideia, pois proporciona uma boa experiência nos clientes, a qual poderá gerar um aumento das vendas.

Os festejos juninos ocorrem durante todo o mês de junho, desse modo, é necessária uma preparação com alguns meses de antecedência, reservando uma quantidade de dinheiro e materiais para que se consiga oferecer produtos com qualidade e bons preços, pois, assim, os lucros serão maiores. Por fim, como na maioria das datas comemorativas, as oportunidades de faturar com os festejos juninos são  variados , agora basta apenas o individuo por em prática suas ideias e usar sua criatividade aliada ao São João, para que essa data seja além de comemorativa, alegre e especial, torne-se uma data lucrativa.

Referências:

BLOG GUADAIM. Festa junina: como o seu negócio pode gerar mais lucro nesse período?. Disponível em: <https://blog.guadaim.com.br/como-lucrar-festa-junina/>. Acesso em: 01 de junho de 2018.

CORREIO 24 HORAS. Grana junina: veja dicas para empreender na copa e também no são joão. Disponível em: <https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/grana-junina-veja-dicas-para-empreender-na-copa-e-tambem-no-sao-joao/>. Acesso em: 01 de junho de 2018.

G1 GLOBO. São joão: empreendedores apostam nas festas de junho para aumentar a arrecadação. Disponível em: <http://g1.globo.com/bahia/jornal-da-manha/videos/v/sao-joao-empreendedores-apostam-nas-festas-de-junho-para-aumentar-a-arrecadacao/5925013/>. Acesso em: 01 de junho de 2018.

Gestão compartilhada: É possível manter uma empresa sem chefes?

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Estabelecer uma estrutura organizacional hierárquica e piramidal é, para muitas empresas, a melhor forma de fomentar as condições necessárias para a divisão de tarefas e consequente alcance de objetivos. Entretanto, se engana quem pensa que esse é o único modelo organizacional a ser seguido em um mundo que a cada dia, sofre com mudanças significativas e precisa se adaptar às diferentes formas de trabalho. É nesse contexto que surge a gestão compartilhada, um modelo de gestão que foge dos padrões enraizados e busca erradicar a centralização das decisões, dando mais autonomia para os funcionários.

Em meio a pufes, adereços criativos e mesmo uma sala de reunião decorada com globos terrestres, a Verte, empresa sediada em São Paulo, acabou se tornando um grande caso de sucesso. Desde 2016, ela adotou a gestão compartilhada, quebrando cargos e posições hierárquicas para a criação de três núcleos principais: orientativo, executivo e apoio, que favorecem uma visão mais circular, ou seja, “o olhar para o todo”. A mudança não apenas afetou o quadro de funcionários, mas também o ambiente organizacional, que se tornou mais amplo, aberto e com mesas conjuntas. Segundo a fundadora da Verte, Sandra Rossi, a receita operacional da empresa fechou em 17 milhões de reais em 2017, contra os 13 milhões de reais alcançados em 2015, um dos retratos positivos do desempenho do negócio.

O caso da Verte emoldura as vantagens da gestão compartilhada, destacando a oportunidade de fornecimento de maior conhecimento e acesso aos projetos da organização pelos seus membros. Os processos e resultados são aprimorados, os funcionários desenvolvem sua capacidade profissional ao enfrentarem novos desafios e provam que a solução para uma problemática pode estar escondida dentro da própria empresa. É importante que as decisões sejam tomadas em conjunto e em consenso, de forma que os membros tenham consciência da opinião e do posicionamento de todos. Em contrapartida, é nesse ponto que o modelo apresenta suas fraquezas, pois, além de exigir uma adaptação considerada custosa por muitos, pode gerar um conflito de ideias que acaba dificultando o alcance das metas.

Sendo assim, conhecer e estudar diferentes modelos de gestão pode ser de grande contribuição para uma mudança, muitas vezes, necessária em um ambiente organizacional que permanece improdutivo ou estagnado. A gestão compartilhada é uma dessas opções e precisa ser planejada de modo que seus ganhos superem os desafios encontrados na sua aplicação. Afinal, embora seja uma ideia atraente, uma empresa sem uma hierarquia de chefes pode se desestabilizar caso os seus colaboradores não estabeleçam o foco na união de suas forças.

Referências Bibliográficas

EXAME. Empresa radicaliza, acaba com os chefes e fica mais produtiva. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/empresa-radicaliza-acaba-com-os-chefes-e-fica-mais-produtiva/> Acesso em 24 de Janeiro de 2018.

MUNDO CARREIRA. Entenda o que é Gestão Compartilhada e como pode funcionar. Disponível em: <http://www.mundocarreira.com.br/gestao-de-pessoas/entenda-o-que-e-gestao-compartilhada-e-como-pode-funcionar/> Acesso em 24 de Janeiro de 2018.

Samuel Moreira