Comunicação Organizacional: de que forma o conceito foi alterado com o passar do tempo?

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O exponencial progresso da tecnologia da informação modifica constantemente o mundo e, consequentemente, as organizações. Por estarem inseridas em diversos meios, é de extrema importância que essas instituições sejam capazes de adaptar e absorver novas tendências. Entretanto, ter domínio da informação não é o único desafio para alcançar uma gestão eficiente. Assim, é preciso que os gestores responsáveis pela eficiência da organização adotem um sistema de comunicação que englobe todos os setores, efetivando assim a interligação das partes e a garantia do processo organizacional.

Em uma primeira análise, é preciso diferenciar comunicação de informação e como a percepção desses conceitos foi modificada com o passar dos anos. Em Introdução à Administração (2014), Kwasnicka define que, para as teorias que compõem os pilares da administração, a informação deveria ser única e exclusivamente de domínio da alta gestão e, sendo assim, a organização podia deter toda a informação necessária à sua manutenção, mas como era centralizada e não comunicada aos outros setores o exercício empresarial era ineficiente. Por esse motivo, casos de falha produtiva ou erro nos processos organizacionais eram recorrentes e, muitas vezes, tomavam dimensões enormes já que o foco era resolver os problemas e não os fatores que os causaram.

A partir disso, a evolução das Teorias Administrativas abordou a relação diretamente proporcional entre “a complexidade interna da empresa e no ambiente que ela atua” (OLIVEIRA, 2013, p.27) e a necessidade de bons sistemas de comunicação e informação. Dessa forma, é imprescindível que se entenda a comunicação como um “desenvolvimento estratégico” (CARDOSO, 2006), pois para que todas as atividades possam acontecer eficientemente a organização precisa de coesão e de interligação entre seus departamentos. Logo, entender que a informação precisa atingir todos os setores de forma bem-sucedida é a garantia de que o processo como um todo seja efetivo e, consequentemente, gere resultado.

Em suma, a tecnologia da informação é uma das protagonistas no bom desempenho de processos organizacionais e garante a adaptação da empresa no seu meio de atuação. Entretanto, é preciso que essa informação seja bem direcionada através de uma gestão da comunicação interna da organização, pois a falta dela pode desencadear uma série de acontecimentos como, por exemplo, a inefetividade do processo produtivo. Portanto, a flexibilização das informações é uma característica essencial para o gerenciamento interfuncional e para o êxito da instituição.

 

 

REFERÊNCIAS

CARDOSO, Onésimo de Oliveira. Comunicação empresarial versus comunicação organizacional: novos desafios teóricos. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 40, n. 6, p. 1123-1144, Dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122006000600010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 22 Set. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122006000600010.

KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à Administração. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2014

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organizações e métodos: uma abordagem gerencial. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2013.

 

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Dicas: Primeiros Passos Para Iniciar Uma Pesquisa Científica

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O trabalho de conclusão de curso é um projeto por qual muitos dos estudantes de ensino superior e pós graduação precisam passar. Principalmente na graduação, a monografia, principal trabalho requerido pela maioria das faculdades, costuma gerar medo nos estudantes que não tenham uma maior aptidão com a pesquisa científica, não sabendo nem como começá-la.

O primeiro passo é a escolha do tema: opte por um que você tenha um conhecimento mínimo acerca. Pode parecer uma dica boba, mas alguns estudantes escolhem um tema mais pela facilidade do que pela afinidade. Isso pode dificultar o passo seguinte: definir o objetivo principal da pesquisa. Esse objetivo vem normalmente acompanhado por um problema de natureza científica que se quer analisar. Quando não se tem conhecimento sobre o tema, achar algum problema claro e suscetível de solução torna-se mais complicado.

Além disso, deve-se planejar, também, os objetivos específicos, que servem como um processo para verificar o objetivo principal. Por exemplo, se uma pesquisa tem o objetivo de analisar o gap entre atitude e comportamento acerca da sustentabilidade, pode-se haver, como objetivos específicos, analisar as atitudes acerca da sustentabilidade de uma pessoa; analisar os comportamentos acerca da sustentabilidade de uma pessoa, e; comparar os resultados de ambas pesquisas. Ao final da verificação dos objetivos específicos, é necessário que haja uma conclusão em relação ao objetivo principal, ou seja eles devem guiar a pesquisa para a sua confirmação ou não.

Por fim, é muito importante o planejamento de um projeto de pesquisa. Como as pesquisas diferem muito entre si, não se pode falar num roteiro rígido para elaboração de projetos de pesquisa. Além disso, cada instituição tem seu próprio regimento quanto ao modelo de projeto. Entretanto, é comum uma estrutura contendo: Introdução, que deve explanar brevemente os objetivos do trabalho, as razões de sua realização, o enfoque dado ao assunto e a sua relação com outros estudos; Revisão da literatura, também conhecida como referencial teórico, na qual é dedicada à contextualização teórica do problema de forma a fundamentar a pesquisa e uma discussão crítica da questão, e; Metodologia, com informações sobre o tipo de pesquisa, qual população e amostra você irá trabalhar, além de como será o processo de coleta e análise de dados.

Elaborar um projeto de pesquisa bem consolidado proporcionará ao pesquisador e, até mesmo, ao orientador o rumo claro que sua pesquisa deve levar, além de ajudá-lo a se organizar quanto às informações que serão pesquisadas. Para o levantamento bibliográfico, além de livros, o pesquisador também pode recorrer a sítios, como BDTD.IBICT, Google Acadêmico, SPELL, SCIELO, Periódicos Capes, além dos próprios sites das revistas científicas. A pesquisa é um algo que pode durar muito tempo, mas fazer esse planejamento inicial pode ajudar um estudante desprevenido à não se perder durante seu processo.

 

REFERÊNCIAS

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ª ed. 12. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.

PÓS-GRADUANDO. Como elaborar um projeto de pesquisa. 2010. Disponível em: <https://posgraduando.com/como-elaborar-um-projeto-de-pesquisa/>. Acesso em: 14 de mar. 2019.

UNIVERSIA BRASIL. Como fazer uma pesquisa acadêmica em 7 passos. 2019. Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/02/17/912323/como-fazer-uma-pesquisa-academica-em-7-passos.html>. Acesso em: 14 de mar. 2019.

VIVA DECORA PRO. Pesquisa Acadêmica: Aprenda a fazer a sua e ainda confira 11 Sites para turbinar os seus estudos na faculdade. 2018. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/estudante/sites-de-pesquisa-academica/>. Acesso em: 14 de mar. 2019.

 

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