Crowdfunding: inovação, investimento e coletividade

Artigo 63 - Noelle - SITE

Em um cenário onde constantemente surgem novos empreendimentos, cabe ao empreendedor apresentar um diferencial que além de promover mudanças, propicie seu desenvolvimento econômico, visto que para se destacar num mercado cada vez mais competitivo, iniciativas inovadoras são essenciais para o alcance do sucesso. Inserido nesse contexto, surge o crowdfunding, modelo que permite o financiamento, individual ou coletivo, de projetos por meio de doações.

Nele, o autor da ideia, em uma plataforma online, monta seu projeto, define o valor pretendido a ser a arrecadado e determina o prazo limite para o recebimento de doações. Na plataforma há a divulgação do projeto e aqueles que demonstrarem interesse, fazem as doações em troca de uma “recompensa” oferecida pelo idealizador do projeto. Se o projeto captar os recursos desejados, os donos da plataforma repassam as arrecadações e retiram sua comissão, em torno de 5%, caso contrário, os investidores têm suas doações devolvidas e o projeto não tem prejuízos.

Ademais, o crowdfunding também pode ser utilizado como estratégia para impulsionar um negócio já existente, o objetivo deixa de ser a obtenção de recursos para iniciar um projeto, e passa a visar o teste de produtos ou serviços e efetuar possíveis ajustes. No Brasil, são exemplos de sites de crowdfunding o Catarse, Kickante, Benfeitoria, Juntos.com.vc, Bicharia e Queremos!

Com um funcionamento simples e acessível, o crowdfunding viabiliza oportunidades para aqueles que nunca tiveram a chance de realizar um investimento, de baixo risco associado a um retorno rápido, e pode funcionar como pontapé inicial para empreendimentos. Para mais, apesar de nova, essa modalidade de plataforma tem grandes chances de ganhar mais espaço dentro do e-commerce e funcionar como a conexão entre bons projetos e pessoas que se interessam pela concretização desses.

Fontes:

http://olhardigital.uol.com.br/video/como-funciona-o-crowdfunding/36466

http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-3-empresas-estao-usando-o-crowdfunding-para-crescer

http://www.empreendedorescriativos.com.br/noticias/crowdfunding-para-financiar-novos-negocios/

Noelle

Séries que todo administrador deve assistir

Nos últimos tempos, a popularização dos seriados ganhou força em consequência do aumento no número de assinantes de conteúdo via streaming, meio que disponibiliza, de forma on-line, filmes, shows, documentários e séries de diferentes gêneros, desde as mais antigas, até as mais vanguardistas.

Para algumas pessoas o ato de assistir televisão está associado com desperdício de tempo e com alienação. Este fato até pode representar uma realidade, mas, dependendo do que se assiste, tal ação pode agregar valores, principalmente para profissionais das diferentes áreas da Administração.

A seguir, iremos dispor uma lista das séries que podem funcionar como uma grande fonte de inspiração para a vida corporativa, e que trazem lições de superação, liderança, motivação, entre outros aspectos.

House Of Cards [FINAL]

House Of Cards – Produzida pela rede de streaming Netflix, a série é aclamada pela crítica desde a sua temporada de estreia. Narra a história de um deputado que almeja, a todo custo, um alto cargo público no Congresso americano. A série costuma abordar o mundo da Administração de forma intensa, acentuando aspectos relacionados ao poder, à autoconfiança, à política e à estratégia.

Mad Man [FINAL]

Mad Men – É uma série que relata de forma bastante realista e autentica o meio corporativo da Publicidade e da Administração. Ela narra a história de um diretor de criação de uma agência de publicidade da década de 1960, e pontua excelentes situações do universo do Marketing, além de salientar fatores sobre dinâmica e relações entre sócios.

O Negócio {FINAL]

O Negócio – Série brasileira que possui o foco na vida de três belas mulheres que decidem alavancar as suas carreiras aplicando estratégias de Marketing no mundo da prostituição. Entres as teorias que são apresentadas pode-se destacar o reposicionamento de marca, a fidelização e o focus group.

The Office [FINAL]

The Office – A série tem um formato de pseudodocumentário e apresenta, como foco principal, a vida rotineira de um grupo de funcionários de um escritório nos EUA. Em suas sete temporadas, o seriado pontuou aspectos relevantes do universo da Administração, como o trabalho em equipe, a hierarquia e apresentou lições de liderança.

Games Of Thrones [FINAL]

Game Of Thrones – Série baseada nos livros de George R. R. Martin, mostra a disputa, entre as famílias nobres, pelo controle do Trono de Ferro de Westeros. A série traz ótimos ensinamentos para quem deseja aprender mais sobre estratégia e superação.

Em suma, considerando os possíveis aprendizados apontados acima, é possível perceber que, dependendo do que é assistido, determinados programas podem agregar conhecimento importante para o desenvolvimento de uma profissão mais realista e dinâmica.

Se você já assistiu a série House of Cards, participe de nossa pesquisa preenchendo o questionário através do link: https://goo.gl/7nF87b.

Fontes:

http://www.administradores.com.br/noticias/entretenimento/cinco-series-que-todos-os-administradores-devem-assistir/92818/

Nicolas

Planejar o futuro sem concorrência é possível sim!

Artigo 59 - SITE

Planejar. Fazer um plano de algo que se pretende alcançar. Buscar um caminho para um resultado esperado, futuro. Concorrência, ato ou efeito de disputar a primazia com outra(s) pessoa(s) ou coisa(s). Todas essas palavras podem estar diretamente relacionadas em um ambiente empresarial, mas pode-se retirar a palavra concorrência desse contexto quando falamos na estratégia do oceano azul.

 O conceito de sair do mar vermelho, sangrento, onde estão todos os concorrentes e navegar em um mar calmo sem tubarõesfoi estudado por W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Autores do best-seller ‘A estratégia do oceano azul’, eles estudaram mais de 150 movimentos estratégicos entre 1880 e 2000 em mais de 30 setores. O lema é “a única maneira de superar os concorrentes é não mais tentar superar a concorrência”, ir à busca de um mercado inexplorado.

Elaborar um planejamento estratégico em uma empresa requer coragem e um alto dispêndio em recursos materiais, intelectual e até mesmo cultural. O fator de mudança tem de estar pronto para analisar cuidadosamente o mercado. A fim de o tornar prático o uso da estratégia, o livro traz ferramentas capazes de direcionar e posicionar a empresa, como é o caso da matriz de avaliação de valor, do modelo das quatro ações, da curva de valor, da matriz eliminar-reduzir-elevar-criar, além de se apoiar em modelos mais conhecidos, como as cinco forças de Porter. O mais comentado pelo livro é o caso da matriz de avaliação de valor responsável por captar a situação atual no espaço de mercado conhecido a partir dos atributos que os concorrentes entregam.

A obra não só expõe essa forma de gestão, como preocupa-se em explicar sua prática. Assim, é dividida em três partes, (1) conceituação da estratégia, (2) formulação e (3) a execução da estratégia do oceano azul. No decorrer da leitura, os autores também apresentam e afirmam os seis princípios de formulação (reconstruir as fronteiras de mercado, concentrar no panorama geral, ir além da demanda existente, acertar a sequência estratégica) e execução (superar as principais barreiras organizacionais e introduzir a execução na estratégia) da estratégia do oceano azul, a partir de exemplos de mercado, o que torna a leitura mais interessante.

O curioso da análise desse conceito é perceber sua aplicabilidade em empresas de diferentes portes, setores, entrantes ou experientes no mercado. Porque, assumindo riscos e estudando bem o mercado, todos podem navegar em oceanos azuis e manter sua inovação de valor. Portanto, essa pode ser uma saída bastante produtiva de muitos empreendedores em tempos de crise. Vale a pena conhecer!

Fonte:

 KIM, Chan & MAUBORGNE, Renée: A Estratégia do Oceano Azul – como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante; Rio de Janeiro: Campus, 2005.

Yara barreto

A cultura militar na Administração

Arito 58 - SITE

Setores, classes e pensadores vêm contribuindo para aperfeiçoamento das técnicas e teorias da administração com formas sistemáticas de pensar as práticas de gerência. As organizações militares tornam-se um clássico exemplo de alicerce, pois inspiraram na formação de estratégias de mercado, assim como princípios, sistemas de comando e conceitos para a Administração.

As influências militares intrínsecas à Administração ocorreram durante séculos; em virtude disso, torna-se perceptível na literatura acadêmica contribuições nos fundamentos hierárquicos de trabalho, no princípio da unidade de comando e no sistema de organização linear, muito discutido na Teoria Clássica, onde as linhas de comando são rígidas e estruturadas para o funcionamento da relação chefe e subordinado. O princípio da direção e o termo “obediência cega” também são instituídos da cultura militar e desdobrados na Teoria Científica, onde o foco analítico baseia-se na tarefa e tempo de produção.

No livro A Estratégia do Oceano Azul, escrito por Chan Kim e Renée Mauborgne, sugere-se que o pensamento estratégico tem se dirigido ao confronto da concorrência, isto é, aos mercados tradicionais intitulados de “oceanos vermelhos”. Nesse tipo de mercado, a estratégia empresarial sofre contribuição da estratégia militar, exemplificada pelo uso de termos como “headquarters” (quartel-general), “front line” (linha de frente) ou “troops” (soldados). Ademais, nesse sentido, estratégia significa combater adversários para conquistar território e visibilidade no mercado.

Em contrapartida, vários são os problemas induzidos à total aplicação dos métodos militares nas organizações atuais; dentre eles: o controle exacerbado de comando, inexistência de feedbacks emitidos por subordinados, omissão de talentos e alta burocracia são exemplos de possíveis malefícios forjados pela demasiada centralização de comando e por rígidas normas de procedimentos que contracenam no ambiente de múltipla cooperação entre os colaboradores.

Dessa forma, é plausível compreender as raízes que sustentam a Administração, uma vez que permite discernimento crítico sobre a formação da categoria. Também, não se torna raro falar de Administração sem mencionar a vasta contribuição da cultura militar às práticas de gerência no presente século, muito embora, sua total aplicação converge a problemas organizacionais.

Fontes:

Influências históricas na administração. Acessado em: 25/08/15. Disponível em: http://faculdadeamadeus.com.br/oskapps_administracao/osaka_applications/Porta_arquivos/upload_administracao/02%20Material%20complementar%20-%20Influencias%20Historicas%20Adm.pdf

SOUSA, Maíra et al. A organização militar e a influência na administração. Acessado em: 25/08/15. Disponível em: http://uniadsor.blogspot.com.br/2012/04/organizacao-militar-e-influencia-na.html

Junior Alves

Percebendo necessidades para gerar negócios

Artigo 57 - SITE

Em seu livro Inovação e Espírito Empreendedor, Peter Drucker apresenta a estreita relação existente entre as atividades de inovação e o empreendedorismo. Para ele, inovar é intrínseco ao empreendedor, e esse deve buscar, de modo deliberado e organizado, mudanças e a análise sistemática das oportunidades que tais transformações podem oferecer para a inovação econômica ou social.

E o que são inovação e empreendedorismo?

Vianna et al. (2012) apresenta que inovação consiste na recriação de modelos de negócio e na geração de mercados novos capazes de atender as necessidades humanas, enquanto que empreendedorismo, segundo Dornelas (2008), pode ser compreendido como a atividade conjunta de pessoas e processos rumo à transformação de ideias em oportunidades, que podem levar à geração de negócios de sucesso.

Um serviço que tem ido de encontro a essa relação entre empreendedorismo e inovação, apresentada por Drucker, é o self storage, que aos poucos vem ganhando destaque no cenário nacional. Trata-se de um serviço bastante comum em lugares como França, Espanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, e se constitui como grandes espaços que possuem boxes, em diferentes tamanhos, que podem ser alugados por pessoas jurídicas ou físicas para a guarda de objetos pessoais, material de escritórios, roupas. O contratante do serviço é o único que tem acesso ao box, ficando ele com a chave ou senha de proteção do mesmo. Além disso, há a contratação de uma seguradora para maior segurança do alocador.

No Brasil, empreendedores têm encontrado uma ótima oportunidade de investir em self storage, uma vez que os imóveis entregues pela construção civil são em sua grande maioria pequenos e apresentam limitados espaços para a guarda de objetos. Segundo a Associação Brasileira de Self Storage (ASBRASS), o país conta com a atividade desde 1996, tendo aproximadamente 100 empresas inseridas nesse mercado e um território de 170.000 m² dedicados ao serviço.

Diante do exposto, compreende-se que o surgimento de novos mercados se dá na medida em que empreendedores enxergam as necessidades humanas, muitas vezes não observadas pelos próprios clientes, e percebem oportunidades que propiciam a geração de valor e crescimento econômico. Essa percepção torna-se indispensável em um país carente de melhorias em diversos setores da sociedade, pois elas são porta de entrada para o desenvolvimento econômico e social de nosso país.

Fontes:

DORNELAS, Jose Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 3. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

DRUCKER, Peter F. Inovação e Espírito Empreendedor. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1987.

VIANNA, Maurício et al. Design Thinking: Inovação em negócios. Rio de Janeiro: MJV Press, 2012.

http://www.asbrass.com.br/home.asp

Cleilton