Planejar o futuro sem concorrência é possível sim!

Artigo 59 - SITE

Planejar. Fazer um plano de algo que se pretende alcançar. Buscar um caminho para um resultado esperado, futuro. Concorrência, ato ou efeito de disputar a primazia com outra(s) pessoa(s) ou coisa(s). Todas essas palavras podem estar diretamente relacionadas em um ambiente empresarial, mas pode-se retirar a palavra concorrência desse contexto quando falamos na estratégia do oceano azul.

 O conceito de sair do mar vermelho, sangrento, onde estão todos os concorrentes e navegar em um mar calmo sem tubarõesfoi estudado por W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Autores do best-seller ‘A estratégia do oceano azul’, eles estudaram mais de 150 movimentos estratégicos entre 1880 e 2000 em mais de 30 setores. O lema é “a única maneira de superar os concorrentes é não mais tentar superar a concorrência”, ir à busca de um mercado inexplorado.

Elaborar um planejamento estratégico em uma empresa requer coragem e um alto dispêndio em recursos materiais, intelectual e até mesmo cultural. O fator de mudança tem de estar pronto para analisar cuidadosamente o mercado. A fim de o tornar prático o uso da estratégia, o livro traz ferramentas capazes de direcionar e posicionar a empresa, como é o caso da matriz de avaliação de valor, do modelo das quatro ações, da curva de valor, da matriz eliminar-reduzir-elevar-criar, além de se apoiar em modelos mais conhecidos, como as cinco forças de Porter. O mais comentado pelo livro é o caso da matriz de avaliação de valor responsável por captar a situação atual no espaço de mercado conhecido a partir dos atributos que os concorrentes entregam.

A obra não só expõe essa forma de gestão, como preocupa-se em explicar sua prática. Assim, é dividida em três partes, (1) conceituação da estratégia, (2) formulação e (3) a execução da estratégia do oceano azul. No decorrer da leitura, os autores também apresentam e afirmam os seis princípios de formulação (reconstruir as fronteiras de mercado, concentrar no panorama geral, ir além da demanda existente, acertar a sequência estratégica) e execução (superar as principais barreiras organizacionais e introduzir a execução na estratégia) da estratégia do oceano azul, a partir de exemplos de mercado, o que torna a leitura mais interessante.

O curioso da análise desse conceito é perceber sua aplicabilidade em empresas de diferentes portes, setores, entrantes ou experientes no mercado. Porque, assumindo riscos e estudando bem o mercado, todos podem navegar em oceanos azuis e manter sua inovação de valor. Portanto, essa pode ser uma saída bastante produtiva de muitos empreendedores em tempos de crise. Vale a pena conhecer!

Fonte:

 KIM, Chan & MAUBORGNE, Renée: A Estratégia do Oceano Azul – como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante; Rio de Janeiro: Campus, 2005.

Yara barreto

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