A conexão emocional e o Natal

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A aproximação do Natal é certamente motivo de movimentação no mercado, tanto para comerciantes quanto para consumidores. Nessa época de valorização das vendas, as empresas precisam realizar um excelente planejamento de marketing na divulgação de seus produtos, de modo a atrair a atenção de seus clientes. Um dos fatores chaves para a conquista do público é a conexão estabelecida com atributos internos e pessoais de cada indivíduo e, dentre eles, aqueles considerados emocionais.

Kotler (2010) afirma que as marcas devem fazer as pessoas se sentirem bem emocionalmente a partir da criação de relacionamentos duradouros com elas. A partir desse princípio, uma estratégia que mexe com os sentimentos, seja o amor, solidariedade, felicidade, harmonia, união e outras características associadas ao bem-estar do usuário, além de temas muito debatidos atualmente como respeito à diversidade sexual, racial e étnica, representam uma forma de inspirar o público a estabelecer um vínculo mais íntimo com a marca.

Em épocas festivas, essa estratégia é extremamente utilizada por grandes empresas de diferentes setores. Neste ano, a grande atuante no setor de lojas de departamento, Renner, ressaltou a importância do debate acerca de pessoas com deficiência em um comercial estrelado por uma garotinha aprendendo Libras para presentear e estabelecer laços de amizade com sua vizinha deficiente auditiva.

Já a marca O Boticário, conhecida por suas campanhas publicitárias com temáticas diversas, abordou o distanciamento de relações sociais com o uso excessivo da tecnologia, contando uma história onde uma filha acaba se reaproximando do pai após muito ignorá-lo. A empresa Canon, atuante no ramo da fotografia, trouxe à tona o espírito real do Natal com uma campanha produzida em um hospital de São Paulo, onde a figura do Papai Noel visita crianças com câncer e raspa a sua cabeça a fim de difundir a ideia de igualdade e representatividade para com os pequenos pacientes.

O intuito dessas campanhas vai muito além da ação social desenvolvida pelas empresas, elas têm por objetivo a utilização de um período do ano em que as ideias de confraternização, fraternidade e harmonia são ressaltadas. Marcas que exploram as conexões emocionais criam um relacionamento mais duradouro com o seu cliente, indo além de uma simples venda de um produto. Elas vendem emoções, sensações, impressões e, acima de tudo, uma experiência diferenciada em um mundo onde esse fator é continuamente mais valorizado.

REFERÊNCIAS

ADMINISTRADORES. Marcas e as conexões emocionais. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/marcas-e-as-conexoes-emocionais/73902/>. Acesso em 8 de dezembro de 2017.

Canon Brasil. “Uma visita inesquecível”. Natal Canon. <h. Acesso em 8 de dezembro de 2017.

Estilo Renner. Natal Renner 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=X5_1bM_rLPY>. Acesso em 8 de dezembro de 2017.

KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hiermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

O Boticário. Natal O Boticário: a beleza de unir as pessoas. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Tp0spvVbsiY>. Acesso em 8 de dezembro de 2017.

World Sense. O que as marcas não podem deixar de lado nas datas comemorativas. Disponível em: <https://www.worldsense.com/2017/11/17/o-que-marcas-nao-podem-deixar-de-lado-em-datas-comemorativas/>. Acesso em 8 de dezembro de 2017.

Samuel Moreira

Você possui Marketing Pessoal?

Texto 257 - Josué - [ARTE SITE]

 

O competitivo mercado de trabalho requer de seus candidatos uma série de qualidades como proatividade e dinamismo. No entanto, um elemento que, muitas vezes, é deixado de lado e que pode fazer toda a diferença na conquista do emprego dos sonhos é o Marketing Pessoal.

Para Mello (2006), o Marketing Pessoal é composto por cinco ferramentas básicas, as quais são comparadas com: a embalagem do produto (a aparência da pessoa), a higiene pessoal, o conteúdo (competência, caráter, honestidade, fidelidade), a postura física (credibilidade) e a comunicação.

Possuir marketing pessoal não é uma tarefa fácil, pois deve transparecer naturalidade. Segundo Doin (2006), para o marketing pessoal ser eficaz é importante conhecer a dimensão humana e seu aprimoramento pessoal, porque, acima de tudo, o marketing pessoal é um processo de desenvolvimento individual e o sucesso é apenas uma consequência.  A seguir, um checklist para você verificar se possui marketing pessoal ou se precisa começar a desenvolver essa ferramenta:

1- Possuo um objetivo definido. Sei quem sou ou o que desejo ser. Sei como quero ser conhecido.

2- Tenho networking. Conheço pessoas e me relaciono bem com elas, nas quais essas relações trazem resultados positivos.

3- Sou persistente.

“Construir uma marca pessoal não acontece do dia para a noite. Por isso, alguns ingredientes são fundamentais: como resiliência, paciência e, principalmente, persistência. Você vai progredir com o tempo e conseguirá, aos poucos, reservar um lugar sólido para a sua marca no mercado” (MONTEIRO, 2017).

4- Adéquo às situações. Sei a postura, a comunicação e vestuário que usarei independentemente da situação.

5- Busco obter equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional.

Ser uma pessoa equilibrada tanto na vida pessoal e na vida profissional é uma forma de conquistar seu público e transparecer elegância.

6- Tenho bom senso.

“Ser uma pessoa elegante é se pautar pelo bom senso. Observe como empresários de sucesso se portam — muitos deles não são conhecidos, além dos seus negócios bem-sucedidos, por exalarem elegância? Então, inspire-se neles para construir sua marca pessoal” (MONTEIRO, 2017).

Se você não marcou nenhuma opção, passe a desenvolver o Marketing Pessoal, pois, na concepção de Tascin e Servidoni (2005), ele promove o crescimento pessoal e profissional, e, ao utilizá-lo, a pessoa busca constantemente o aprimoramento de seus talentos e competências, através da atualização de conhecimentos específicos e gerais e, com isso, podendo realizar mais facilmente suas metas e objetivos.

REFERÊNCIA:

MONTEIRO, Alexandre. Entenda a importância do Marketing Pessoal para a carreira. 2017. Disponivel em: https://blog.ingagedigital.com.br/entenda-a-importancia-do-marketing-pessoal-para-a-carreira/. Acesso em 10 nov. 2017.

SAWICKI, Danieli Paula; STORTI Adriana Troczinski. Marketing Pessoal e Marca Pessoal: um olhar teórico sobre a importância e principais conceitos. Disponível em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/150_570.pdf. Acesso em 08 nov. 2017.

TASCIN, Joselane C & SERVIDONI, Renato. Marketing Pessoal: uma ferramenta para o sucesso, Revista Científica Eletrônica de Administração, N 9, 2005. Disponível em:http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/c2JLMq2vZfRUtvB_2013-4-26-12-33-15.pdf. Acesso em: 08 nov. 2017.

 

Josué Paiva

A música no ambiente de trabalho e sua influência na produtividade.

texto 256- Gilberto Neto SITE

Atualmente encontram-se, nos ambientes de trabalho, inúmeros problemas que acarretam em uma menor produtividade por parte do empregado. Segundo a matéria veiculada pelo site G1 (2014), entre eles estão a falta de concentração, de comunicação e de ambientes confortáveis.

Para se ter uma ideia do impacto disso na produção, em uma pesquisa da Steelcase, empresa de mobiliário corporativo, mostrou-se que problemas no ambiente laboral levam a perda de até 44 dias de trabalho por ano. Além disso, a sociedade encontra-se em mudanças contínuas, principalmente no quesito qualidade de vida. A preocupação com o bem-estar passa a ser um ativo importante para as pessoas, não só nas suas vidas particulares, mas também profissionais (Ribeiro e Santana 2015).

Por consequência, os gestores têm o desafio de encontrar mecanismos que amenizem tais efeitos, pois fica evidente que o espaço de trabalho pode se tornar uma vantagem competitiva para a empresa. E é nesse momento que a música se torna uma aliada importante para a resolução desta “dor de cabeça”. A justificativa para tal vem de diferentes estudos. Abaixo estão alguns:

  1.             Segundo Salimpoor e Zatorre (2013), a música faz com que o corpo libere dopamina, substância que faz com o que o indivíduo tenha um maior foco e um aumento na sua sensação de prazer. A substância tem também outros benefícios indiretos à saúde, como a redução do estresse, o aumento da motivação e a melhora do sistema imunológico;
  2.             Em uma importante pesquisa divulgada por uma agência online de marketing, chamada WebpageFX, mostrou-se que 61% dos funcionários escutam música no trabalho para se sentirem mais felizes e produtivos, 88% deles realizam um trabalho mais preciso quando estão ouvindo música e 77% de donos de pequenos e médios negócios acreditam que a música levanta o astral da equipe;
  3.             Teresa Lesiuk, professora de terapia musical na Universidade de Miami, investigou como a música afeta o desempenho no trabalho. Em um estudo envolvendo especialistas de tecnologia de informação, ela descobriu que aqueles que ouvem músicas durante o horário profissional concluem suas tarefas mais rapidamente e têm ideias melhores, já que a melodia altera o humor;

Destarte, fica evidente que o uso da música pode ser um interessante meio para aumentar a produtividade laboral. Entretanto, é preciso ter cuidado com os ruídos e com o som alto no ambiente laboral, já que isso pode levar a conflitos internos entre os colegas de trabalho. Além disso, em algumas atividades, alguns estilos musicais não são tão eficazes, por exemplo, em trabalhos que requerem um processo linguístico (como a escrita), a letra da música pode interferir no processo mental.

Referências:

Época Negócios. Música no trabalho: ajuda ou atrapalha?. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/07/musica-no-trabalho-ajuda-ou-atrapalha.html>. Acesso em: 06 de novembro de 2017.

G1. Problemas no ambiente de trabalho causam perda de até 44 dias por ano. São Paulo: Globo.com, 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2014/10/problemas-no-ambiente-de-trabalho-causam-perda-de-ate-44-dias-por-ano.html>. Acesso em: 03 de setembro de 2017.

O GLOBO. Música no trabalho melhora rendimento profissional. Rio de Janeiro: GLOBO, 2012. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/musica-no-trabalho-melhora-rendimento-profissional-5784465>. Acesso em: 04 de setembro de 2017.

Ribeiro, Larissa Alves; Santana, Lídia Chagas de. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: FATOR DECISIVO PARA O SUCESSO ORGANIZACIONAL. Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu. Jun. 2015, Vol 02, n° 02, p. 75-96. Disponível em: http://www.cairu.br/riccairu/pdf/artigos/2/06_QUALIDADE_VIDA_TRABALHO.pdf. Acesso em: 03 de setembro de 2017.

Salimpoor, Valorie N.; Zatorre, Robert J.; Neural Interactions That Give Rise to Musical Pleasure. Montreal: McGill University, 2013. Disponível em: <http://www.zlab.mcgill.ca/docs/Salimpoor_&_Zatorre_PACA_2013.pdf>. Acesso em: 04 de setembro de 2017.Gilberto Neto

 

Fandom: o impacto dos fãs na indústria criativa

Texto 255 - Samuel Moreira [ARTE SITE]

A presença de um grupo de fãs sempre acompanhou a ordem do sucesso midiático, seja do astro da música, da saga de livros famosos e do filme no cinema. Marginalizados, por muito tempo, pela sociedade em geral, esse tipo de organização social foi ganhando, aos poucos, o reconhecimento, de acordo com a importância do papel que costumam desempenhar no crescimento de um produto ou serviço. O termo fã se origina do latim fanaticus e parte do significado de “devoto, pertencente a um templo”. Dentro desse conceito, surge um segundo conceito ainda mais recente, o chamado fandom.

O fandom é o espaço social que sedia e propicia intensivos diálogos entre os fãs. Para os admiradores da cantora norte-americana Lady Gaga, o fandom pode ser denominado como Little Monsters. Já entre os fanáticos pela febre k-pop do grupo coreano BTS, identificam-se os Army. Dentre os apaixonados pela saga Harry Potter, nascem os Potterhead, entre muitos outros exemplos oriundos da cultura pop atual. Segundo os estudos de Costa e Leão (2017), que analisaram especificamente o comportamento do grupo Potterhead, o fandom se caracteriza como uma vida organizada pautada por determinadas normas e práticas que traduzem a legitimidade dos seus integrantes. Enxergá-los como organizações sociais, dotadas de valores e regras, evidencia as suas capacidades de se posicionarem como membros ativos e participativos da indústria criativa, influenciando, por vezes, a direção que essas organizações tomam em relação ao seu público-alvo.

Dentro desse contexto, os fãs podem ser caracterizados como consumidores produtores, os quais assumem parte dos trabalhos de divulgação e promoção de serviços que antes eram realizados apenas por empresas profissionais contratados pela organização.

Da simples produção de fan fictions, narrativas textuais criadas pelos membros do grupo, até a caracterização de cosplays, interpretação de personagens e adereços fictícios, o fandom trabalha voluntariamente no processo de enaltecimento e valorização da marca. Esse trabalho é encarado como algo prazeroso e divertido e é nesse ponto que a importância da opinião desse grupo deve ser compreendida e analisada minuciosamente pelos profissionais da indústria criativa. O reconhecimento das ações do fandom e suas manifestações em defesa fiel do produto ou serviço são caracterizados como um potencial de valor financeiro, sendo o trabalho das organizações escutar e entender os seus principais desejos.

Sendo assim, é fácil concluir que dentro do contexto social e econômico, o fandom vai muito além da ideia de agrupamentos informais, sem impacto significativo no mercado criativo. Do contrário, a expressão de seus interesses e a lealdade colocada em um produto da mídia pode tanto impulsionar e fortalecer o mantimento da marca, quanto incentivar o seu fracasso. Dessa forma, torna-se ainda mais essencial que as empresas permaneçam atentas as movimentações desses grupos, analisando e aperfeiçoando suas ações de acordo com as necessidades que o seu público espera satisfazer.

REFERÊNCIAS

CALDAS, Dario. Indústria criativa indica caminhos para os setores mais tradicionais. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/08/1912970-industria-criativa-indica-caminhos-para-os-setores-mais-tradicionais.shtml. Acesso em 09 de Novembro de 2017.

COSTA, Flávia Zimmerle da Nóbrega; LEÃO, André Luiz Maranhão de Souza. Dispositivo de Potterheads: Organização Pautada na Ordem do Cânone. Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 4, n. 21, p.500-523, jul. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552017000400500&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 09 de Novembro de 2017.

MONTEIRO, Camila. Fandom: cultura participativa em busca de um ídolo. Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação, São Paulo, v. 1, n. 4, p.1-13, set. 2010. Disponível em: http://www.usp.br/anagrama/Monteiro_Fandom.pdf. Acesso em 09 de Novembro de 2017.

Samuel Moreira