A Figura Feminina no Mundo do Hip Hop: Ascensão de Cardi B.

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O Hip Hop é um movimento/cultura que surgiu na periferia de Nova York na década de 70 entre as comunidades caribenhas, afro-americanas e latino-americanas. O contexto social da época era de violência, criminalidade e pobreza, e a única forma de fugir daquela realidade e ter momentos de lazer, para os jovens, era nas ruas, onde encontraram, na música, na poesia, na dança e na pintura, formas de manifestação e contestação à sua realidade.

No início, o Hip Hop era dominado pelos homens e, grande parte da participação feminina era na dança, backing vocals ou nas letras das músicas, que se referiam às mulheres como objetos, troféus e com denotações sexuais. Ainda é visível essa objetificação feminina nas letras de rappers famosos, mas como o Hip Hop é uma contestação da realidade sofrida de muitos jovens da periferia e está ligado à evolução e mudança, no decorrer da luta da mulher por espaço no mercado, elas foram se inserindo no cenário do Hip Hop, como a rapper Cardi B.

A famosa Cardi B, Belcalis Almanzar, é a segunda rapper a liderar as paradas com uma música solo da Top 100 da Billboard por mais de três semanas, a última mulher a ter esse feito foi Lauryn Hill em 1998. Além disso, em 2017, ela foi uma das 10 artistas mais ouvidas nas rádios dos EUA. Suas músicas falam sobre empoderamento, sua luta para conseguir um espaço no mercado e seu passado, no qual foi vítima de violência doméstica e teve que trabalhar como stripper para conseguir dinheiro e se livrar do namorado agressor.

Com seu jeito espontâneo, sotaque diferente e “sem papas na língua”, Cardi B canta com convicção a mensagem que quer passar, a favor de suas origens, sobre o público feminino e da positividade do corpo. A rapper conseguiu a ascensão no mundo da música, mas não pensem que foi fácil, ela teve que enfrentar a dura realidade da mulher no mercado de trabalho, como muitas hoje em dia, que precisam se virar em 30 para conseguir ganhar o mesmo que muitos homens, que enfrentam preconceito por serem mulheres e o assédio por pessoas que, em pleno século XXI, pensam que são melhores que as outras.

Enfim, Cardi B não se deixou abater pelas dificuldades da vida, assim como todas as mulheres, ela enfrentou, de cabeça erguida, cada batalha vivida para conseguir se inserir e ter ascensão no mercado de trabalho, que é tão competitivo nos dias atuais.

REFERÊNCIAS:

BLACK PIPE. A importância do envolvimento da mulher no hip hop. 2017. Disponível em: <http://blackpie.com.br/2017/08/09/importancia-do-envolvimento-da-mulher-no-hip-hop/>. Acesso em: 15 out. 2018.

G1. Quem é Cardi B, a rapper que destronou Taylor Swift do topo das paradas dos EUA. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/musica/noticia/quem-e-cardi-b-a-rapper-que-destronou-taylor-swift-do-topo-das-paradas-dos-eua.ghtml>. Acesso em: 15 out. 2018

METRÓPOLES. Afinal quem é Cardi B, a rapper que fez história com um single? 2017. Disponível em: <https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/feminismo/afinal-quem-e-cardi-b-a-rapper-que-fez-historia-com-um-single>. Acesso em: 15 out. 2018.

SIGNIFICADOS. Significado de Hip Hop. 2016. Disponível em: <https://www.significados.com.br/hip-hop/>. Acesso em: 15 out. 2018.

ZONA URBANA. RAP, A PRIMEIRA BATIDA: QUAL A DIFERENÇA ENTRE RAP E HIP HOP? 2016. Disponível em: <http://www.zonasuburbana.com.br/rap-a-primeira-batida-qual-a-diferenca-entre-rap-e-hip-hop/>. Acesso em: 15 out. 2018

RITHELLE

Kpop: uma estratégia coreana

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O ritmo K-pop, representado por batidas pop com pegadas de eletrônico, de origem sul-coreana, por letras dançantes e por clipes com superprodução, e as produções de televisão, tornaram uma estratégia da Coreia do Sul para impulsionar sua economia, a 11ª maior do mundo. Este fenômeno de propagação cultural, chamado “Hallyu” (“Onda Coreana”), iniciou-se no final da década de 90, entretanto o “boom” mundial ocorreu após o mega hit “Gangnam Style” do rapper PSY, ocorrido em 2012. Após isto, a Coreia do Sul tenta expandir no mercado global cultural investindo na internacionalização do K-pop e nas produções de televisão.

O país asiático constrói em sua capital um gigantesco parque temático dedicado ao K-pop e às séries de televisão, com 302 mil metros quadrados, e que será concluído em 2019. O projeto K Valley visa promover o país em nível global, por meio de seus produtos e recursos culturais. Com ele, o governo coreano espera criar mais de 56 mil postos de trabalho nos próximos cinco anos, gerar mais de 8,7 trilhões de wons (7,3 bilhões de dólares) e atrair mais de cinco milhões de turistas por ano. (TERRA, 2016).

O show business sul-coreano adota três pilares de estratégia que os tornam referência mundial (NISHIDA, 2017):

A gestão estratégica de talentos: ocorre quando as grandes agências coreanas, como a S.M. Entertainment, formam seus talentos, selecionando e treinando seus candidatos desde a infância, com aulas de canto, dança, interpretação, línguas estrangeiras e treinamento intenso, diário e disciplinado, produzindo artistas completos.

A oferta variada e adaptada de produtos: desde álbuns a itens de vestuário, cosméticos e alimentos. É comum o lançamento das músicas e clipes em mais de um idioma, o grupo EXO possui até mesmo duas versões, o EXO-K (K para “Korean”) e EXO-M (M para Mandarim).

A gestão de relacionamento com o público: utilizando-se de mídias sociais, aplicativos e administração da base de fãs (com fã clubes oficiais que tem acesso a conteúdos exclusivos, promoções e acessos VIP’s).

Segundo o centro de Convergência Cultural, em 2015, a Coreia do Sul alcançou a quantia de 8 trilhões de wons, o que equivale a R$ 23,23 bilhões de reais, com exportações relacionadas ao Hallyu. Este número representa cerca de 3% do mercado global. Dessa forma, suas estratégias provam a sua disposição de marcar o mercado cultural global com suas produções, alavancando ainda mais a sua economia.

Referências:

TERRA. K-pop e novelas se tornam novos motores da economia sul-coreana. 2016. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/asia/k-pop-e-novelas-se-tornam-novos-motores-da-economia-sul-coreana,b3fb415e03919c9187a1e5a036894275ta2jpl0z.html. Acesso em 19 de Julho de 2018.

NISHIDA, Ricardo. K-Pop: Entenda O Fenômeno Pop Coreano Que Conquistou. 2017. Disponível em: O Brasilhttp://atl.clicrbs.com.br/infosfera/2017/08/19/k-pop-entenda-o-fenomeno-pop-coreano-que-conquistou-o-brasil/. Acesso em: 19 de julho de 2018.

Josué Paiva

Barba, Cabelo e Bíceps: a popularização das barbearias e academias

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Desde o período clássico, questões de estética eram apresentadas pelas populações e, dentre elas, o corte de cabelo foi uma das primeiras a aparecer, com citações até mesmo na bíblia! Mais tarde, lá pela década de 40, o halterofilismo e a ginástica se popularizavam remetendo a importância de um corpo bem preparado, como era rogada pelos antigos guerreiros espartanos e, até mesmo, os sagrados monges. Ao olhar para a última década, vemos que esses temas se desenvolveram, criando e movimentando um mercado aquecido.

Com o crescimento das barbearias e de suas vendas que, segundo a revista EXAME foi de cerca de 7% no ano de 2015, é observado sua evolutiva popularidade. Hoje esses espaços se caracterizam como verdadeiros SPAs para seus clientes e é levado tão a sério que em lugares como Indiana, EUA, a permissão para ser barbeiro é dada pelo governo estadual. Nesse assunto, as tecnologias não poderiam ficar de fora do desenvolvimento do mercado, logo, já existem apoios tecnológicos na parte técnica do corte de cabelo, como cortes usando artifícios de pirotecnia e no ambiente da barbearia, com aplicativos de atendimento, etc.

Na área de saúde e cuidado com o corpo, as academias ganharam um grande espaço, principalmente no Brasil, fato esse comprovado pelos dados do site Cognatis que demonstra o país como o segundo maior do mundo em número de academias. Essa popularidade deriva da mudança na percepção das pessoas em relação à importância da saúde física para uma boa qualidade de vida e, também, pelo atual padrão de beleza imposto no século presente.

Dessa forma, esses temas têm crescido nessa geração, movimentando o mercado e renovando alguns pensamentos culturais e estéticos da população, de modo que, eles se tornam relevantes quando se pensa em novos empreendimentos e possíveis investimentos.

Referências

BELASIS. A tradição das barbearias. Disponível em< https://www.belasis.com.br/tradicao-das-barbearias/ >. Acesso em: 25 de junho de 2018.

COGNATIS. Brasil é mercado promissor quando o assunto é fitness. Disponível em < http://www.cognatis.com.br/brasil-e-mercado-promissor-quando-o-assunto-e-fitness/>. Acesso em: 25 de junho de 2018.

EXAME. Novo conceito de Barbearia conquista espaço no disputado mercado de beleza brasileiro. Disponível em < https://exame.abril.com.br/negocios/dino/novo-conceito-de-barbearia-conquista-espaco-no-disputado-mercado-de-beleza-brasileiro-shtml/ >. Acesso em: 25 de junho de 2018.

O POPULAR. Tecnologias digitais invadem uma rede de barbearia. Disponível em < https://www.opopular.com.br/editorias/infomercial/like-a-boss-1.1491791/tecnologias-digitais-invadem-uma-rede-de-barbearia-1.1491792>. Acesso em: 25 de junho de 2018.

ALKS

Você sabe o que são bens culturais?

fojsdfjosdlfVocê sabe o que são bens culturais?

Os bens ditos culturais pertencem ao processo produtivo relacionado aos movimentos criativos da cultura. Eles proporcionam outras vias de uso dos bens aos seus consumidores, uma vez que ampliam as experiências destes.

Os bens de cultura podem ser divididos em duas grandes famílias: os bens de cultura intangíveis e os bens de cultura tangíveis. Essa primeira classificação se refere, principalmente à capacidade de se poder tocar esses bens. Os bens culturais tangíveis são representados pelos bens imóveis e os bens móveis. Já os intangíveis são representados por bens não materiais, os quais não podem ser facilmente tocados, como todos os fatores e variáveis que constroem a cultura de uma sociedade e não fazem parte do primeiro grupo.

Para Coelho Netto (1997), os bens culturais possuem características que os diferenciam dos outros bens nos mercados, pois são carregados de valores subjetivos e argumentos simbólicos próprios.

Os bens culturais também podem ser relacionados a sua característica de aproximação entre os consumidores e a cultura. Sendo assim, são bens com natureza bastante distinta quando comparado aos outros bens nos mercados de troca.

Referências:

COELHO NETTO, José Teixeira. Dicionário crítico de política cultural. São Paulo, SP: Iluminuras/Fapesp, 1997.

PORTAL DA EDUCAÇÃO. Definição de Bem Cultural. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/turismo-e-hotelaria/definicao-de-bem-cultural/23830>. Acesso em: julho de 2018.

TEMPUS EMPREENDIMENTOS LTDA. Conceito e Categorias de Bens Culturais. Disponível em: <https://www.tempusempreendimentos.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19&Itemid=17>. Acesso em: julho de 2018.

 

Thiago

 

A utilização dos memes no marketing digital

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Com a explosão das mídias sociais e o ambiente criativo que a internet promove, a utilização de memes e as piadas nas redes sociais passaram a ser parte da cultura digital. É praticamente impossível você passar por alguma rede social sem se deparar com trocadilhos de palavras e fotos virais. O alcance desse tipo de conteúdo é tão grande que as empresas começaram a adotá-lo como peças publicitárias, pegando carona no sucesso dos memes para associar com suas marcas e promover seus produtos. 

A utilização de piadas como estratégia de marketing digital tem ficado cada vez mais popular entre as empresas. No entanto, muitos critérios devem ser avaliados antes das empresas investirem nesse tipo de propaganda, pois existem vários cases de sucesso com os memes, mas também muitos fracassos. Tais fracassos se dão, muitas vezes, quando a marca/empresa não estuda o seu público-alvo, não avalia bem se o contexto da publicação se encaixa com sua estratégia ou perde o timing da piada, tornando-a velha e sem sentido. 

Quando utilizados corretamente, os memes trazem bastante engajamento e interação do público com a marca. Alguns exemplos de marcas que se deram bem utilizando esse tipo de recurso são: 

1. Netflix: A queridinha do streaming já se tornou conhecida por suas propagandas criativas, bem-humoradas e interativas. A divulgação dos produtos da plataforma está sempre sendo feita com algum conteúdo viral da internet, como a participação da Inês Brasil no trailer da série Orange is the New Black 

2. Oreo: A empresa também aderiu e entrou na guerra do “biscoito ou bolacha”, criando uma propaganda que teve milhares de visualizações e muita interação dos internautas.  

3. Burguer King: Não é novidade que o Burguer King trava uma das batalhas mais divertidas da internet com o Mc Donald’s, uma das últimas estratégias do BK foi a utilização do meme “raiz e Nutella” para debochar da parceria do Mc Donald’s com a Nutella. 

É notório que tem se tornado cada vez mais comum a adoção desse tipo de estratégia e que ela traz resultados bastante positivos. As empresas enxergaram a utilização dessa ferramenta como uma forma de se adequar e de se aproximar do seu público. E essa parece ser uma moda que está longe de passar, já que a internet está sempre criando algum conteúdo viral para ser aproveitado pelas empresas, como a frase “escama só de peixe” que se popularizou no último mês. 

Referências Bibliográficas

EXAME. 8 marcas que acertaram na hora de usar memes como propaganda. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/8-marcas-acertaram-usar-memes-propagandas/>. Acesso em 15 de fevereiro de 2018. 

EXAME. Burger King usa meme para trollar parceria do McDonald’s. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/burger-king-usa-meme-para-trollar-parceria-do-mcdonalds/>. Acesso em 15 de fevereiro de 2018. 

INGV