Você sabe o que são bens culturais?

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Os bens ditos culturais pertencem ao processo produtivo relacionado aos movimentos criativos da cultura. Eles proporcionam outras vias de uso dos bens aos seus consumidores, uma vez que ampliam as experiências destes.

Os bens de cultura podem ser divididos em duas grandes famílias: os bens de cultura intangíveis e os bens de cultura tangíveis. Essa primeira classificação se refere, principalmente à capacidade de se poder tocar esses bens. Os bens culturais tangíveis são representados pelos bens imóveis e os bens móveis. Já os intangíveis são representados por bens não materiais, os quais não podem ser facilmente tocados, como todos os fatores e variáveis que constroem a cultura de uma sociedade e não fazem parte do primeiro grupo.

Para Coelho Netto (1997), os bens culturais possuem características que os diferenciam dos outros bens nos mercados, pois são carregados de valores subjetivos e argumentos simbólicos próprios.

Os bens culturais também podem ser relacionados a sua característica de aproximação entre os consumidores e a cultura. Sendo assim, são bens com natureza bastante distinta quando comparado aos outros bens nos mercados de troca.

Referências:

COELHO NETTO, José Teixeira. Dicionário crítico de política cultural. São Paulo, SP: Iluminuras/Fapesp, 1997.

PORTAL DA EDUCAÇÃO. Definição de Bem Cultural. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/turismo-e-hotelaria/definicao-de-bem-cultural/23830>. Acesso em: julho de 2018.

TEMPUS EMPREENDIMENTOS LTDA. Conceito e Categorias de Bens Culturais. Disponível em: <https://www.tempusempreendimentos.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19&Itemid=17>. Acesso em: julho de 2018.

 

Thiago

 

A administração dos hits musicais

lala

Já cansou de escutar aquela música tocar pela centésima vez na rádio e não entender o porquê de tanta popularidade? Ainda assim, você se pega cantando o refrão grudento quando está sozinho, imerso em seus pensamentos? É difícil resistir ao ritmo e as letras de algumas canções, mas não pense que o desempenho nas paradas é mera questão de sorte. Para alguns administradores da indústria criativa, é tudo questão de estratégia e de uma receita muito bem definida.

John Seabrook, autor do livro “The Song Machine”, afirma que, desde os anos 1990, existe uma lógica, que continua eficiente até os dias atuais, para a elaboração de canções de sucesso. Essa lógica foi trabalhada por produtores como Denniz PoP, durante a década de 90, e continuou sendo aplicada por seus pupilos, Max Martin e Dr. Luke, nos anos 2000. Entre alguns pontos provenientes dessa lógica, destacam-se algumas vertentes clichês de quase todo hitmaker:

  1. Fácil assimilação: a música não é complexa, tem divisões rítmicas binárias e combinações agradáveis de notas de conhecimento de todos. É o caso do Millennial Whoop, um padrão melódico alternado entre a quinta e a terceira nota em uma escala maior, e a utilização de quatro acordes como estrutura de inúmeras composições famosas.
  2. Repetição de termos e expressões: Os indivíduos criam vínculos emocionais com determinadas músicas depois de ouvi-las diversas vezes, fruto de uma sensação de participação ao ter consciência do que vem a seguir. Mesmo que aquela canção não tenha uma letra muito longa, ela é capaz de deixar sua marca apenas pela utilização de certos elementos repetitivos.
  3. Melhorias vocais: A ausência de arranjos vocais suficientes para segurar altas notas não é um grande problema para artistas. Utilizando-se de técnicas virtuais de melhorias, como o autotune, programas podem transformar completamente o seu tom, mecanizando-o e tornando a música uma mistura de sons remixados.
  4. Parceiras/Featuring: Da junção de cantoras pop e rappers nos Estados Unidos à mistura de estilos como sertanejo e funk no Brasil, estabelecer parcerias se mostra uma técnica eficiente de agregar nomes importantes do cenário em uma faixa de proporções poderosas.
  5. Letras específicas: Nos anos 60, cantar sobre “quero segurar sua mão” era o auge da audácia. Em tempos de liberdade de expressão, músicas sobre festas e sensualidade são imensamente populares. O tema não é o único a ser excessivamente abordado, como por exemplo, letras com temáticas de traições, corações quebrados e, mais recentemente, vingança ganharam o seu espaço.

Nesse contexto, percebe-se que, embora a fórmula para o sucesso possua alguns fatores relativos, ela segue padrões cada vez mais replicados no mercado musical. Gravadoras, empresários, produtores e cantores sabem muito bem como arquitetar o passo a passo para um hit em rádios, YouTube e streamings, seguindo uma receita estratégica com diversos ingredientes. É a prova de que o mundo da música requer muito planejamento e administração.

REFERÊNCIAS

GAZETA DO POVO. Existe fórmula para produzir um hit? A ciência prova que sim. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/caderno-g/musica/existe-formula-para-produzir-um-hit-a-ciencia-prova-que-sim-dneir9nvsa4kfke6q8pdl1se5>. Acesso em 14 de Maio de 2018.

Samuel Moreira