A Figura Feminina no Mundo do Hip Hop: Ascensão de Cardi B.

355

O Hip Hop é um movimento/cultura que surgiu na periferia de Nova York na década de 70 entre as comunidades caribenhas, afro-americanas e latino-americanas. O contexto social da época era de violência, criminalidade e pobreza, e a única forma de fugir daquela realidade e ter momentos de lazer, para os jovens, era nas ruas, onde encontraram, na música, na poesia, na dança e na pintura, formas de manifestação e contestação à sua realidade.

No início, o Hip Hop era dominado pelos homens e, grande parte da participação feminina era na dança, backing vocals ou nas letras das músicas, que se referiam às mulheres como objetos, troféus e com denotações sexuais. Ainda é visível essa objetificação feminina nas letras de rappers famosos, mas como o Hip Hop é uma contestação da realidade sofrida de muitos jovens da periferia e está ligado à evolução e mudança, no decorrer da luta da mulher por espaço no mercado, elas foram se inserindo no cenário do Hip Hop, como a rapper Cardi B.

A famosa Cardi B, Belcalis Almanzar, é a segunda rapper a liderar as paradas com uma música solo da Top 100 da Billboard por mais de três semanas, a última mulher a ter esse feito foi Lauryn Hill em 1998. Além disso, em 2017, ela foi uma das 10 artistas mais ouvidas nas rádios dos EUA. Suas músicas falam sobre empoderamento, sua luta para conseguir um espaço no mercado e seu passado, no qual foi vítima de violência doméstica e teve que trabalhar como stripper para conseguir dinheiro e se livrar do namorado agressor.

Com seu jeito espontâneo, sotaque diferente e “sem papas na língua”, Cardi B canta com convicção a mensagem que quer passar, a favor de suas origens, sobre o público feminino e da positividade do corpo. A rapper conseguiu a ascensão no mundo da música, mas não pensem que foi fácil, ela teve que enfrentar a dura realidade da mulher no mercado de trabalho, como muitas hoje em dia, que precisam se virar em 30 para conseguir ganhar o mesmo que muitos homens, que enfrentam preconceito por serem mulheres e o assédio por pessoas que, em pleno século XXI, pensam que são melhores que as outras.

Enfim, Cardi B não se deixou abater pelas dificuldades da vida, assim como todas as mulheres, ela enfrentou, de cabeça erguida, cada batalha vivida para conseguir se inserir e ter ascensão no mercado de trabalho, que é tão competitivo nos dias atuais.

REFERÊNCIAS:

BLACK PIPE. A importância do envolvimento da mulher no hip hop. 2017. Disponível em: <http://blackpie.com.br/2017/08/09/importancia-do-envolvimento-da-mulher-no-hip-hop/>. Acesso em: 15 out. 2018.

G1. Quem é Cardi B, a rapper que destronou Taylor Swift do topo das paradas dos EUA. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/musica/noticia/quem-e-cardi-b-a-rapper-que-destronou-taylor-swift-do-topo-das-paradas-dos-eua.ghtml>. Acesso em: 15 out. 2018

METRÓPOLES. Afinal quem é Cardi B, a rapper que fez história com um single? 2017. Disponível em: <https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/feminismo/afinal-quem-e-cardi-b-a-rapper-que-fez-historia-com-um-single>. Acesso em: 15 out. 2018.

SIGNIFICADOS. Significado de Hip Hop. 2016. Disponível em: <https://www.significados.com.br/hip-hop/>. Acesso em: 15 out. 2018.

ZONA URBANA. RAP, A PRIMEIRA BATIDA: QUAL A DIFERENÇA ENTRE RAP E HIP HOP? 2016. Disponível em: <http://www.zonasuburbana.com.br/rap-a-primeira-batida-qual-a-diferenca-entre-rap-e-hip-hop/>. Acesso em: 15 out. 2018

RITHELLE

A Mulher-Maravilha das organizações

Texto 229 - Ingrid [SITE]

Lançado em julho de 2017, o filme da “Mulher-Maravilha” traz a mensagem de poder, reconhecimento e empoderamento feminino. Diana Prince, interpretada pela atriz israelense Gal Gadot, não tem medo de se impor e mostrar a que veio. O filme reforça a ideia de que as mulheres podem assumir riscos e que, quando agem de forma segura, autoconfiante e corajosa, alcançam posições de destaque.

A luta por mais reconhecimento da liderança feminina nas organizações sempre foi acompanhada de preconceitos e desafios. O filme retrata, de forma implícita, como a mulher pode superar tais entraves. Então, confira quatro lições que podemos tirar do filme.

Esteja preparada: Invista em sua capacitação pessoal, porque além de ser uma maneira de ganhar uma vantagem competitiva, uma especialização ou curso pode otimizar seus resultados e, consequentemente, os da organização em que está inserida.

Deixe claro as suas opiniões: Não existe outro método que torne as pessoas conhecedoras de sua posição, logo é preciso que a deixe explícita. As cenas que acentuam essa ideia no filme são as que retratam a participação de Diana Prince nas “reuniões de homens”, onde ela expõe sua posição acerca do que pensa de uma forma segura e decidida.

Seja autoconfiante: Não tenha medo de ser expressiva. Acompanhado do medo está a insegurança, o famoso “medo de não ser o suficiente”. Esse ponto corrobora com o anterior, pois grande parte das pessoas, na maioria das vezes, não expressam suas opiniões por medo de serem descartadas ou mal compreendidas no âmbito coletivo. No entanto, quando você não acredita na sua capacidade, você permite que outras pessoas tomem suas decisões. A dica é enfrentar a timidez e o medo para compartilhar seu posicionamento, fazer suas escolhas e assumir suas responsabilidades.

Foco no que quer: Tenha um objetivo e lute para alcançá-lo, não deixe que limitem seus planos. Mantenha o foco e a disciplina para chegar ao ponto onde quer estar.

O preconceito que se perpetua dentro das organizações acerca do empoderamento feminino não será tão facilmente extinguido, o que significa que as batalhas por igualdade e reconhecimento, tanto dentro como fora do âmbito profissional, devem continuar. Logo, as mulheres-maravilhosas da vida real possuem o dever de quebrar essas barreiras culturais através de suas ações realizadas com afinco e dedicação.

Referências

Portal dos Administradores. A mensagem de esperança e de empoderamento feminino reforçada pelo filme da Mulher-Maravilha. Disponível em <http://www.administradores.com.br/noticias/entretenimento/a-mensagem-de-esperanca-e-de-empoderamento-feminino-reforcada-pelo-filme-da-mulher-maravilha/119910/>. Acesso em 25 de julho de 2017.

Portal dos Administradores. Liderança feminina nas organizações: um novo espaço para a mulher. Dispinível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/empoderamento-feminino/103513/>. Acesso em 25 de julho de 2017.

 

INGV