Os erros e os acertos do marketing para o público LGBT

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O reconhecimento da comunidade LGBT pelo mercado tem avançado com o decorrer dos anos, fruto do aumento, mesmo que lento, da tolerância em uma sociedade historicamente conservadora. As marcas começaram a dar mais atenção a este público, trazendo à tona o debate sobre temas em constante ascensão, como inclusão e diversidade sexual. Mesmo assim, o conceito de “marketing LGBT” traz algumas divergências sobre a linha tênue entre apoio social e o simples oportunismo.

A sigla LGBT (ou LGBTTT) remete a “Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros”. Há algumas décadas, esses grupos eram considerados tabus nas campanhas publicitárias, normalmente, por contrariarem as famílias tradicionais majoritariamente heterossexuais, ou seja, possuíam pouca ou nenhuma visibilidade na mídia. Com o estímulo à livre expressão e às campanhas de tolerância, o novo milênio trouxe mudanças importantes para a comunidade. A partir daí, muitas marcas perceberam a importância de aderir a um discurso friendly e dar voz a lésbicas, gays e pessoas trans em suas peças publicitárias. Era incrementada uma, quase renegada, estratégia de marketing. “Marcas engajadas nessa política social são melhores vistas pelo público LGBT, que se sente representado e que só busca ser tratado com naturalidade. Isso é positivo e atrai mais visibilidade para a marca”, explica Silvio Sato, professor de Publicidade e Propaganda da FAAP.

Entretanto, até onde as empresas acertam na implantação de estratégias como essas? Um dos grandes erros está na falta de continuidade do apoio ao movimento e na ausência de uma continuidade na criação de campanhas direcionadas a esse público. Além disso, algumas marcas enxergam os indivíduos LGBT apenas como estereótipos reforçados pela sociedade, ignorando o fato de que eles pertencem a diversas classes econômicas, etnias, regiões, têm hobbies e hábitos de compra diversos entre si, constituem ou não família e não possuem um padrão de estilo de vida homogêneo. “Não adianta querer ganhar dinheiro em cima de uma causa social e não fazer nada além disso para mudar o cenário de homofobia e preconceito que essas pessoas enfrentam. Isso é oportunismo e não é bem-visto pela sociedade”, pontua Anna Castanha, professora de Marketing LGBT da ESPM. Reforçar a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho é de extrema importância, considerando que não adianta incentivar a aceitação externa e esquecer da situação do ambiente interno da própria empresa.

Abrir o espaço para as minorias nas campanhas publicitárias tem uma influência positiva nos discursos de tolerância e no combate à homofobia. No entanto, é preciso ter cuidado na hora de estabelecer estratégias de marketing específicas para esse público. Antes de um grupo nomeado por uma sigla, a comunidade LGBT quer ser aceita com a mesma naturalidade que os demais grupos sociais. Resta as empresas reconhecerem esse fato, incluindo essa imagem em todos os aspectos da organização, seja interna ou externamente.

Referências bibliográfias

ABERJE. O que é marketing LGBT? Disponível em: <http://www.aberje.com.br/blogs/post/o-que-e-marketing-lgbt/>. Acesso em 06 de Março de 2018.

ADMINISTRADORES. 5 erros de Marketing e Comunicação com o público LGBT. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/5-erros-de-marketing-e-comunicacao-com-o-publico-lgbt/105240/>. Acesso em 06 de Março de 2018.

EXAME. Entre erros e acertos, marcas avançam no marketing LGBT. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/erros-acertos-marcas-marketing-lgbt/>. Acesso em 06 de Março de 2018.

Samuel Moreira

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NOTICIAS

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https://exame.abril.com.br/marketing/nike-marcas-mais-lembradas-copa-do-mundo/

https://exame.abril.com.br/negocios/disney-sucesso-de-bilheteria-desafio-em-outras-frentes/

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Marcas regionais vs. marcas globais: quem vence a disputa?

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Há alguns anos atrás, quando se falava da competição entre marcas globais e regionais, muitos acreditavam que as grandes marcas que tinham atuação mundial iriam acabar com as regionais em um processo colonial, imperialista e mercadológico, mas isso não aconteceu, pois pouco importa a origem ou o número de mercados de atuação de uma organização: se o que é prometido não é entregue, os clientes ficarão insatisfeitos e comprarão em outro lugar.

Se, por um lado, marcas globais proporcionam aos consumidores experimentar outras culturas e estar em sintonia com a grande aldeia global, por outro, marcas regionais oferecem autenticidade e intimidade, pois são marcas que cresceram junto com um grupo de pessoas e, geralmente, entendem muito mais desse público do que as marcas globais.

Além disso, com relação às marcas globais, a experiência adquirida pelas organizações mostra que nem sempre atender todos os mercados da mesma forma é uma garantia de sucesso. A verdade é que, dependendo de fatores como cultura, concorrência e indústria, a melhor opção é adaptar a marca ao contexto regional, seja no produto/serviço oferecido ou no posicionamento adotado frente à concorrência.

O fato é: Marcas fortes são construídas através das boas experiências do consumidor. Independente da origem, entregar ao consumidor aquilo que ele deseja é o caminho para o sucesso. Portanto, em um ambiente onde marcas regionais e globais competem, quem vence é o consumidor, por ter múltiplas opções ao seu dispor.

Referências

Administradores.com. Administração de marcas nos mercados globais: realidades diferentes exigem estratégias diferentes. Disponível em: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/administracao-de- marcas-nos-mercados-globais- realidades-diferentes- exigem-estrategias- diferentes/4198/. Acesso em: 08 de novembro de 2017.

Ideia de marketing. Marcas Globais x Marcas Regionais. Disponível em: http://www.ideiademarketing.com.br/2014/05/21/marcas-globais- x-marcas- regionais/. Acesso em: 08 de novembro de 2017.

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Do camarote ao bloco de rua

Texto 184 - Cinthia [SITE]

Com o crescimento dos blocos de rua no país, os maiores patrocinadores do carnaval brasileiro mudaram a forma de divulgar as suas marcas, trocaram, então, os famosos camarotes da Sapucaí do Rio de Janeiro pelos blocos de rua espalhados por todo Brasil.

As fabricantes de bebidas, tradicionais patrocinadoras das festas de carnaval, informaram uma redução no investimento no Sambódromo carioca e no tradicional carnaval de Salvador. Por outro lado, com a multiplicação dos blocos e dos carnavais de rua, a verba que essas empresas destinam ao patrocínio das festas de fevereiro acabou se desconcentrando, sendo dividida por um maior número de cidades brasileiras.

Em São Paulo, por exemplo, quando os bloquinhos de carnaval começaram a arrastar milhões de pessoas, a cidade que nunca foi conhecida pelas festas de fevereiro passou a se preocupar em conseguir patrocínio para o evento. Em 2016, o carnaval de rua custou R$ 10,5 milhões para a Prefeitura, dos quais R$ 5 milhões foram bancados por patrocinadores. Em 2017, o patrocínio do carnaval de São Paulo triplica e chega a R$ 15 milhões. A Skol, cerveja oficial dos dias de festa, fará ações em 11 cidades, inclusive em algumas em que o carnaval não é reconhecido nacionalmente, como Ribeirão Preto e Campinas.

O carnaval, sendo uma das festas mais populares do mundo, não poderia deixar seus patrocinadores restritos aos camarotes. O que o mês de fevereiro vem oferecer para todos são vantagens: os grandes patrocinadores ganham com novos clientes e os foliões ganham uma linda festa!

Fontes:

G1, Carnaval 2017: cerca de 400 blocos devem desfilar pelas ruas de SP. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/carnaval/2017/noticia/2016/11/carnaval-2017-cerca-de-400-blocos-devem-desfilar-pelas-ruas-de-sp.html>

Estadão (Economia e Negócios), Marcas trocam os camarotes pelas ruas. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,marcas-trocam-os-camarotes-pelas-ruas,70001654278>

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