As práticas de QVT e os seus benefícios para as empresas.

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De acordo com Rodrigues (1994), desde o início da existência humana, tem-se uma preocupação com a qualidade de vida no trabalho, e a mesma é sempre direcionada para que, na execução de sua tarefa, o colaborador a realize com maior bem-estar e facilidade.

Diante de um mercado cada vez mais competitivo, percebe-se a necessidade das empresas em implantar um novo modelo de gestão, que valorize os seus funcionários e possibilite aos mesmos uma melhor qualidade de vida, visto que ela está diretamente associada à produtividade dos colaboradores dentro da organização (RIBEIRO; SANTANA, 2015). O comprometimento organizacional é um dos muitos benefícios gerado nas empresas a partir das práticas de QVT – Qualidade de Vida no Trabalho, tendo em vista que o mesmo pode ser considerado, também, uma estratégia.

Segundo Dessler (1997), as práticas que exercem influência na relação do colaborador com a empresa, gerando comprometimento, são: auxílio de funcionários para o alcance de suas aspirações de carreira, comunicação organizacional e senso de comunhão.

No contexto de competitividade de mercado, é necessário que as empresas invistam em seus funcionários para que eles se tornem cada vez mais envolvidos com a mesma. Dessa forma, é possível enxergar que as práticas de qualidade de vida podem influenciar o maior comprometimento dos funcionários com a organização na qual trabalham.

 

FONTES:

DESSLER, Gary. Conquistando Comprometimento. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1996.

RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de vida no trabalho. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

RIBEIRO, Larissa Alves; SANTANA, Lídia Chagas de. Qualidade de vida no trabalho: fator decisivo para o sucesso organizacional. Revista de Iniciação Científica, Salvador, v. 2, n. 2, p.75-96, 2015.

 

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O que é resiliência e como desenvolvê-la?

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Uma palavra que vem ganhando destaque no contexto organizacional nas últimas décadas é “resiliência”. Ela é utilizada na Psicologia associada a situações em que o indivíduo se mostra capaz de enfrentar momentos desfavoráveis e de grande pressão, tirando proveito de suas competências, inteligência e saúde. Na Administração, o sentido da palavra não é diferente, uma vez que apresenta a ideia de que uma empresa ou pessoa resiliente é aquela que passa por momentos de dificuldade, como as crises financeiras, mas consegue se reestruturar, tornando-se vencedoras.

Segundo o professor Paulo Yazigi Sabbag, da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, há nove fatores que estão relacionados ao nível de resiliência de cada indivíduo, sendoesta uma capacidade que pode ser aprendida, principalmente no contexto do mercado de trabalho. Esses são os fatores que podem ser estimulados e que a influenciam diretamente:

  1. Autoeficácia: acreditar no potencial pessoal para a realização de projetos e alcance de resultados. Para estimular este fatoré importante treinos específicos e ter consciência do padrão habitual de atitudes.
  2. Competência social: diz respeito à proatividade para buscar ajuda e a abertura ao apoio em momentos de estresse. Treinamentos de liderança, ética e a prática da escuta são ações que estimulam tal fator.
  3. Empatia: significa colocar-se no lugar do outro, seja em situações reais ou fictícias. Um bom estímulo são trabalhos sociais e a leitura de biografias.
  4. Flexibilidade: refere-se tanto a ter maior tolerância em situações diversas, quanto ater maior criatividade. Treinamentos de criatividade e aulas de ioga ou dança de salão são excelentes estímulos.
  5. Tenacidade: trata-se da persistência para aguentar situações incômodas. Praticar algum esporte ajudaráa ter disciplina e irá expor os limites pessoais.
  6. Solução de problemas: diz respeito a agir pela mudança, diagnosticar problemas e elaborar soluções. Jogos de estratégia e o desenvolvimento de projetos são estímulos interessantespara este fator.
  7. Produtividade: é agir, tomar iniciativa, buscar soluções para os eventos que surgem em contextos de incertezas e desafios. Um serviço de coaching é um interessante estímulo.
  8. Temperança: refere-se ao controle das emoções, permanecendo sereno em situações difíceis. Ouvir música, meditação e psicoterapia irão contribuir para o desenvolvimento deste fator.
  9. Otimismo: resulta da competência social, da proatividade e autoeficácia.  Ter uma atitude positiva diante da vida é fundamental.

Observando tais fatores, percebe-se que no contexto organizacional do século vigente, é de grande relevância buscar o desenvolvimento da capacidade de ser resiliente, onde aprimorar cada um desses fatores constituintes da resiliência torna-se fundamental para a sobrevivência da organização e para uma melhor qualidade de vida.

Fontes:

ADMINISTRADORES.COM. O que é ser resiliente? 2009. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-e-ser-resiliente/33338/> Acesso em: 15 de agosto de 2016.

EXAME. 9 passos para ter mais resiliência no trabalho. 2012. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/9-passos-para-ter-mais-resiliencia-no-trabalho> Acesso em: 15 de agosto de 2016.

Cleilton