Qual foi a primeira startup?

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As startups são um fenômeno socioeconômico global que vem se destacando nas últimas décadas, pelas suas características, como: seu modelo de negócios e ideias inovadoras, por uma iniciativa empreendedora; experimentações tecnológicas e pela busca de baixos custos de produção – mesmo uma empresa fazendo parte de um mercado global ou mais regional. Esse termo surgiu na época chamada de “bolha da internet” empresas de Tecnologia da Informação surgiram no mercado e elevaram as bolsas internacionais. Como exemplo de startups desse período que prosperaram no mercado temos o Google e o eBay. Contudo, muitas empresasntes da criação dessa definição, se enquadram nas características de uma startup e com isso surge a dúvida: “Qual foi a primeira startup à poder ser caracterizada?”.

Partindo para um mercado global de empresas que se enquadram no termo antes do seu próprio surgimento, temoso mercado japonês, exemplos de negócios centenários que são verdadeiros exemplos de inovação e empreendimentos para a sua época. São exemplos dessas empresas: A construtora de templos Kongo Gumi fundada no ano de 578 e os hotéis mais antigo ainda em funcionamento (Nisiyama Onsen Kelunkan, do ano de 705, e o hotel Koman, do ano de 717) foram grandes negócios inovadores dentro de suas províncias.

Ainda dentro desse mercado global, uma grande startup antiga que leva o nome de seu dono foi a de Henry Ford: empresário, inventor, e revolucionário da forma como os carros eram produzidos, adotando um padrão que virou referência para a indústria. Sua empresa Ford (1903) introduziu métodos para a fabricação em grande escala de carros e gestão em larga escala, através de uma força de trabalho industrial que usa linhas de montagem em movimento em 1914. Um outro grande nome de referência da criação de uma startup, a ser considerado, foi o Walt Disney: Fundador da Walt Disney Company em 1923, por ter mudado a forma de entretenimento que o mundo conhecia com ideias inovadoras e o aprimoramento de novas técnicas de animação.

Saindo desse cenário mais global e entrando em um mercado mais específico, existe no mercado nacional grandes referências de empreendimentos inovadores. A mais antiga seria a empresa Correio Mor, do ano de 1663, responsáveis pela distribuição de correspondência e telégrafos. Esta demonstrou uma inovação pioneira da comunicação no país. No ano seguinte a esse empreendimento, temos a criação da Casa da Moeda, fundado por administradores portugueses para a fabricação de moedas de ouro no país. Outras grandes empresas brasileiras, fundadas dois séculos depois, que se enquadram bem na características descritas de uma startup é a Ypióca (1846), responsável por uma iniciativa empreendedora regional diante umademanda emergente, e a Universidade Mackeinzie (1870), fundada inicialmente como umaescola porMary Ann Annesley que dedicava-se a práticas pedagógicas em sua própria casa.

Uma outra importante características para as startups, já mencionada anteriormente, é a “experimentação tecnológica”, que significa algum tipo de inovação dentro dessa área. As primeiras startups dentro desse campo de inovação tecnológica mais recente, porém antes da criação do termo em si, são a Apple e a Microsoft durante a década de setenta com a criação dos computadores de bordo. A Microsoft teve seu início no ano de 1975, quando Bill Gates e seu amigo estudante Paul Allen, decidiram fundar uma empresa para desenvolver um software para IBM rodar no seu computador Altair 8800. No ano seguinte, os fundadores da Apple, Steve Jobs e Steve Wozniak, jovens apaixonados por tecnologia e novidades dentro da faculdade, decidiram montar um computador denominado Apple I.

Por fim, as startups originais e as mais recentes que deram origem ao termo surgiram em um cenário onde inúmeras empresas de tecnologia da informação entraram no mercado internacional e conseguiram se manter competitivamente. As primeiras, já tidas como exemplos, foram o Google e o eBay. O Google foi fundado como uma empresa privada em 1998 com o intuito de “organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil”, idealizado pela dupla Larry Page e Sergey Brin. Dois anos antes, Pierre Omidyars e Jeffrey Skoll dedicaram todas as suas atenções no que viria a se tornar o primeiro site de leilões com um modelo de negócio completamente inovador, intermediando negociações entre pessoas, usando a internet como local comum.

Imagem: https://bit.ly/2o0asx1

Referências

ABREU, Paulo RM et al. O panorama das aceleradoras de startups no Brasil. USA: Editora CreateSpace Independent Publishing Plataform. 2016.

RAMOS, Fabrício Barranqueiros et al. Certificação ISO 14000: análise do sistema de gestão ambiental da Ford motor company. Volume 3. São Paulo: INMR-Innovation & Management Review. 2006.

REMUNS, Diego. As empresas mais antigas do Brasil e do mundo. 2014. https://startupi.com.br/2014/11/xo-falencia-empresas-mais-velhas-brasil-e-mundo/. Acesso em: 16 de maio de 2019.

RIES, Eric. A startup enxuta. 1ª Edição. São Paulo: Editora Leya, 2012.

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O Sócio: Mais que um reality show, uma aula sobre administração

TEXTO VINICIUS

Você já pensou em assistir um programa de TV e, ao mesmo tempo, aprender bastante sobre empreendedorismo e administração? Com o reality show O Sócio isso é possível. The Profit, um programa do canal estadunidense CNBC, é transmitido no Brasil através do canal fechado History Channel. Esse programa é ministrado por Marcus Lemonis, um libanês que, ainda criança, mudou-se para o EUA e se tornou milionário através das empresas Camping World e Good Sam Enterprises.

Esse reality show de negócios se baseia na ideia de que Marcus, com seu próprio dinheiro, investe em empresas que estão em crise e/ou prestes a falir, devido a endividamento e/ou problemas na administração em geral. Dessa maneira, Lemonis busca fazer uma análise minuciosa na organização com um time de contadores, advogados e outros funcionários. Com isso, ele não investe só capital, mas também propõe soluções e mudanças em setores com problemas, investindo todo seu know-how em transformar empresas decadentes em negócios prósperos.

Assim, o programa, além de entreter, ensina bastante sobre empreendedorismo e administração de empresas, visto que diversas pessoas que estão passando por dificuldades semelhantes podem aplicar nas suas empresas. Além disso, ele faz um replanejamento dos processos e do pessoal, otimizando a empresa, tornando-a mais lucrativa e com menos custos, podendo ser adaptada e replicada em outras organizações.

Desse modo, o programa traz uma ideia diferente da maioria dos vistos na televisão contemporânea, dado que por se tratar de um reality show de negócios, ele lida com empresários e funcionários reais e problemas delicados. Assim, o programa é repleto de emoção, pois não é apenas dinheiro que está em negociação, mas outras variáveis como a reputação dos participantes, todo o sentimento e ideias do fundador do empreendimento, o emprego dos envolvidos no projeto e muitos outros fatores que o torna único, divertido e bastante didático.

 REFERÊNCIAS:  

MARCUS MARQUES. O Sócio – O que aprender com o programa de Marcus Lemonis. 2017. Disponível em: <http://marcusmarques.com.br/empreendedorismo/o-socio-o-que-aprender-com-o-programa-de-marcus-lemonis/>. Acesso em: 04 de outubro de 2018.

REVISTA PEGN. 5 CASOS IMPERDÍVEIS DE EMPREENDEDORES NO PROGRAMA ‘O SÓCIO’. 2016. Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2016/08/5-casos-imperdiveis-de-empreendedores-no-programa-o-socio.html> . Acesso em: 03 de outubro de 2018.

UOL. Band estreia “O Sócio”, melhor, mais caro e rentável reality show do mundo. 2018. Disponível em: <https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ooops/2018/01/21/band-estreia-o-socio-melhor-mais-caro-e-rentavel-reality-show-do-mundo.htm>. Acesso em: 03 de outubro de 2018.

UOL. Melhor e mais caro reality da TV, “O Sócio” castiga os incompetentes. 2016. Disponível em: <https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ooops/2016/04/10/porque-o-socio-e-o-melhor-e-mais-caro-reality-da-tv.htm>. Acesso: 04 de outubro de 2018.

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