O que podemos aprender com o planejamento de marketing por trás do sucesso da série de filmes “Vingadores”

Crítica: Vingadores: Guerra Infinita é o ultimato da Marvel

No final de abril desse ano, foi lançado o último filme da primeira saga cinematográfica de super-heróis da Marvel Studios, intitulado “Vingadores: Ultimato”. Tendo a melhor estreia da história da marca, o blockbuster está bem próximo de atingir a maior arrecadação de todos os tempos, superando o atual primeiro lugar (“Avatar”, de 2009). Mas qual é o segredo de tanto sucesso? Uma das respostas para esta pergunta está no brilhante planejamento de marketing utilizado pela marca e, sim, você pode adaptar essas estratégias para a sua empresa.

Depois de  22 filmes com grande sucesso de público, a Marvel encerrou uma saga que durou onze anos, iniciando-se em “Homem de Ferro” (2008); e foi atraindo cada vez mais público, conquistados pelo universo fictício de heróis. Para isso, mais do que planejamento, essencial para que os filmes possuam qualidade em sua produção, foi necessário que a empresa, essencialmente, conhecesse seu público. A cada longa lançado, se construía uma estratégia em cima da expectativa dos expectadores. Para uma empresa, a gestão de sua marca permite que ela atue especificamente para o público que quer atingir e é isso que a produtora de filmes faz. Conhecer o seus expectadores faz com que eles criem uma estratégia de divulgação voltada para os mesmos, o que agrega cada vez mais valor à marca.

O segredo em torno da produção foi tão grande que apenas um dos atores (Robert Downey Jr., que interpreta o Homem de Ferro), recebeu o roteiro completo do filme, justamente para aumentar o suspense e limitar o conhecimento dos próprios envolvidos na produção. Além disso, para evitar a disseminação de spoilers entre o público e a mídia, foi feita uma campanha através da hashtag intitulada #dontspoiltheendgame (“não dê spoilers sobre o filme Vingadores Ultimato”, em português). E o que isso tem a ver com marketing? Toda essa estratégia de mistério alimenta os rumores e conversas sobre o filme, aumentando cada vez mais a curiosidade dos fãs e a atenção da mídia ao redor desse “produto” que a empresa quer vender.

Tal técnica, denominada seeding,  que significa “semear o terreno para o que estar por vir”, é utilizada, por exemplo, pela Apple para a divulgação de novos produtos e serve para criar expectativa em torno deles, aumentando a vontade das pessoas de até esperarem em filas quilométricas para conseguirem os adquirir no dia do lançamento.

Ademais, outra estratégia de marketing utilizada pela Disney (detentora da Marvel Studios) para divulgar os filmes da série foi o merchandising. De forma muito sutil e cuidadosamente planejada, muitas marcas foram divulgadas durante os filmes, pode-se citar por exemplo os carros de luxo que o personagem Tony Stark utiliza durante algumas cenas. Ademais, essa estratégia também pode ser identificada na produção de bonecos dos personagens do universo de heróis e no cobranding entre a Marvel Studios e outras empresas. Para o último filme da série, a produtora fez, ainda, uma parceria com a empresa Coca-Cola para a produção de latas da edição limitada com doze personagens da franquia em suas embalagens de Coca-Cola sem açúcar.

Assim como essas, muitas foram as estratégias de marketing utilizadas pela gigante produtora  de filmes. Durante todos os anos de construção, tais estratégias foram aplicadas e disseminadas, o que garantiram popularidade e sucesso de bilheteria para toda a série de filmes que girou em torno de Vingadores. E não para por aí! Todo esse planejamento deixou uma semente no universo cinematográfico para que a Marvel possa abordar outras histórias do universo de heróis que conquistou tanto público. Esse exemplo demonstra a tamanha importância que é sua empresa possuir um planejamento de marketing e também de conhecer seu público alvo. Sua marca, se for bem trabalhada, não só garantirá a fidelização como fará a diferença na vida do cliente.

REFERÊNCIAS:

AUGUSTO, Heitor. Aprendendo estratégias de marketing com os filmes da Marvel. 2017. Disponível em: <http://dbriefing.com.br/blog/2017/10/30/aprendendo-estrategias-marketing-marvel/>. Acesso em: 05 maio 2019. ÉPOCA NEGÓCIOS

ONLINE (Comp.). Bilheteria de Vingadores: Ultimato já faz história; veja os números. 2019. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2019/04/bilheteria-de-vingadores-ultimato-ja-faz-historia-veja-os-numeros.html>.

Acesso em: 05 maio 2019. FURTADO, R. Robert Downey Jr. foi o único ator a ler o roteiro completo de Vingadores: Ultimato Por Renato Furtado.2019. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-147638/>. Acesso em: 05 maio 2019.

PACETE, Luiz Gustavo. Marvel e Coca-Cola renovam parceria histórica de cobranding. 2019. Disponível em: <https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2019/04/01/marvel-e-coca-cola-renovam-parceria-historica-de-cobranding.html>.

Acesso em: 05 maio 2019. PIRES, Rumenig. Estratégia dos VINGADORES para Vender Mais! 2019. Disponível em: <https://v4company.com/estrategia-dos-vingadores-para-vender-mais-cientista-do-marketing/>. Acesso em: 05 maio 2019.

ULTIMA ATUALIZAÇÃO DO TEXTO FEITA EM: 05.05.2020 

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Aprenda a tomar decisões com Thomas Shelby

Tomar decisões faz parte do cotidiano de todas as pessoas, desde coisas simples como decidir qual roupa usar, até escolhas mais complexas como qual carreira profissional seguir. No contexto organizacional, a tomada de decisão se torna algo mais delicado, pois as escolhas feitas podem garantir tanto o crescimento como ocasionar a falência da empresa. Logo, um administrador, principalmente o que ocupa um alto cargo de gestão dentro de uma organização, precisa ser extremamente cauteloso e preciso em suas escolhas.

Thomas Shelby, protagonista da série Peak Blinders, ex-soldado da Primeira Guerra Mundial, homem de negócios e líder de uma gangue,dá uma lição de como agir em momentos de pressão, em que é precisa tomar decisões difíceis em um curto prazo de tempo, cujas consequências afetarão não só sua imagem como também podem levar a morte de algum familiar. Como você reagiria, por exemplo, se soubesse que sua família está sendo ameaçada de morte? Que providência você tomaria para evitar isso? Essa é apenas uma das situações que o protagonista passa.

Antes de qualquer reunião, fechar qualquer negócio ou enfrentar uma gangue inimiga, Thomas pesquisa e estuda tudo a respeito do que está em jogo. Ele faz uma profunda busca por informações e analisa todas as possibilidades, preparando-se para qualquer situação e tomando as decisões mais vantajosas. Ao montar suas estratégias, o personagem procura um lugar tranquilo e respira profundamente, isso permite que ele “esvazie sua mente”, foque apenas naquilo que é importante para aquele determinado momento e, consequentemente, se concentre para tomar a melhor decisão, dessa forma, eliminando fatores externos e psicológicos que por ventura possam atrapalhar sua linha de raciocínio.

Em situações de muita pressão, em que o personagem precisa tomar uma decisão quase que instantaneamente, é quando ele mostra sua inteligência emocional aliada com sua estratégia de comunicação verbal e corporal. Em alguns momentos do seriado, Thomas está em uma reunião, na qual tem pouco tempo para pensar e, com o intuito de ganhar tempo para raciocinar, ele simplesmente acende um cigarro ou enche um copo de bebida, parece algo sem sentido, mas esses segundos a mais, permitem que ele elabore suas ideias, o que fazem toda a diferença. Tranquilidade e paciência resumem a forma de comunicação do protagonista, ele fala em um tom de voz baixo, devagar e não usa de muitas palavras. Suas expressões faciais conseguem esconder sentimentos como a ansiedade, raiva ou medo e demonstra que ele tem tudo sobre controle.

Uma das frases emblemáticas do personagem: “Quando o planejamento é bom, não precisa se apressar”.

 

REFERÊNCIAS

NOGUEIRA, Pedro. 5 Lições de Vida comThomas Shelby, de “Peaky Blinders”. El Hombre. Disponível: < https://www.elhombre.com.br/5-licoes-de-vida-com-thomas-shelby-de-peaky-blinders/> Acesso em: 27 out. 2018.

SANTOS, Vitor. Faça Escolhas como um Gangster (Inteligência Emocional, Linguagem Corporal – Metaforando). 2018. Disponível: <https://www.youtube.com/watch?v=8QSDQuXdYgk&t=59s >. Acesso em: 27 out. 2018.

ULTIMA ATUALIZAÇÃO DO TEXTO FEITA EM: 09.05.2019 

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Felicidade no Trabalho: Um Desafio para a Gestão e para o Indivíduo.

Revista Melhor - Gestão de Pessoas

Muito é falado atualmente sobre a saúde mental da sociedade e a busca incessante da felicidade, mas como esse assunto influência no mundo do trabalho? Qual a importância dessa felicidade e como é tratada essa busca dentro das organizações?

Destaca-se que a felicidade no trabalho é de grande importância tanto para a saúde mental dos colaboradores quanto para a organização em si, uma vez que proporciona a diminuição das tensões dentro do local de trabalho e auxilia no desempenho da equipe. Esses fatores geram consequência direta e positiva no crescimento da instituição.

De acordo com um estudo realizado pela Net Impact – Rutger University, 88% dos funcionários, consideram que a felicidade no trabalho aliada a uma atmosfera positiva na vida pessoal é imprescindível. Além disso, uma pesquisa publicada no Journal Of Applied Psychology (1989) mostra que colaboradores com elevados níveis de satisfação desenvolvem maior facilidade no auxílio aos demais se tornando mais cooperativos e felizes com os resultados de suas atividades.

Por isso, as empresas vêm investindo cada dia mais em formas de assegurar essa atmosfera positiva e proporcionar essa felicidade. Com o propósito de auxiliar nessa busca, muitas empresas investem atualmente em workshops criativose emocionais com a ajuda de coaches para motivarem seus funcionários e criar neles a sensação de realização, um dos pontos chaves nessa busca.

Em paralelo, o bem-estar socioemocional e o sentimento de acolhimento também representam quesitos importantes para a conquista da satisfação no trabalho. De acordo com Sender e Fleck (2017), os indivíduos têm experiências positivas quando o trabalho proporciona um ambiente compatível com suas características pessoais, por conta disso, diversas organizações foram em busca de inovações e propuseram áreas recreativas assim como a Google, que possui em seu ambiente de trabalho do tipo em que seus funcionários possam relaxar e aflorar sua criatividade. Já outras, preferiram adotar uma estratégia de diálogo, tal como a Toyota, que repassa constantes feedbacks aos seus funcionários e os incentivam a cumprir cargas horárias aceitáveis sem chegar ao ponto de ficarem exaustos.

É perceptível a importância da satisfação no trabalho, tanto para as empresas quanto para os indivíduos. Portanto há a necessidade da implementação da felicidade como método eficiente para o crescimento das organizações e o bem-estar dos indivíduos.

 

REFERÊNCIAS

OGLIARI, Bianca; KRAUSS, Guilherme. Felicidade no trabalho é assunto estratégico. 2018. Disponível em: https://administradores.com.br/noticias/felicidade-no-trabalho-e-assunto-estrategico. Acesso em: 27 mar. 2020.

Os segredos da gestão de pessoas na Toyota. Blog Software Avaliação. Disponível em: https://blog.softwareavaliacao.com.br/segredos-gestao-pessoas-toyota/. Acesso em: 27 mar. 2020.

SENDER, Gisela; FLECK, Denise. As Organizações e a Felicidade no Trabalho: uma perspectiva integrada. : Uma Perspectiva Integrada. Revista de Administração Contemporânea, [s.l.], v. 21, n. 6, p. 764-787, nov. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac2017160284.

SPICER, André; CEDERSTRÖM, Carl. Felicidade no trabalho: as pesquisas que ignoramos.2018. Disponível em: https://hbrbr.uol.com.br/felicidade-no-trabalho/. Acesso em: 27 mar. 2020.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DO TEXTO FEITA EM: 08.05.2020 

Por: Ana Samira Santos

Memes: Um Mercado Valioso para o Marketing Digital

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Você já ouviu falar do Rei do Camarote e seus mandamentos? Ou da Giovanna que derrubou o forninho? Mesmo se você não sabe quem são eles, provavelmente já ouviu falar da Luíza do Canadá ou riu com a Betina, que tem 22 anos e já é milionária, certo? Se você respondeu ‘sim’ para pelo menos uma dessas perguntas, você faz parte da rede de, aproximadamente, 94 milhões de brasileiros que estão, diariamente, na Internet compartilhando memes.

O termo ‘meme’ em si se refere a qualquer informação que viralize, isto é, que seja copiada ou imitada por outras pessoas. Esse termo foi criado pelo estudioso Richard Dawkins, no ano de 1976, já com a intenção de representar uma ideia transmitida em uma espécie de propagação cultural. Hoje, se espalhando tal como vírus, os memes são publicações, como imagens, vídeos, gifs e expressões com o propósito de divertir, que se propagam por meio de redes sociais e de fóruns.

Esse tipo de publicação, carregada de humor, em sua maioria, gera empatia nas pessoas que atingem diariamente, sendo uma ferramenta interessante para o marketing digital. Se bem utilizado em uma campanha publicitária e, até mesmo, em anúncios de escalar menor, o meme pode fazer com que os consumidores e um mercado potencial possam criar uma relação de identificação, intimidade e confiança com o produto ou a marca. Como exemplo há a campanha do Burger King, que anunciava o ‘hambúrguer raiz’, fazendo um paralelo, onde “antigo” tem mais qualidade que o “novo” ou “nutella”. Dessa maneira, essa ferramenta faz com que a fidelidade, o engajamento, a propagação e, por conseguinte, as vendas de um negócio aumentem, dado a velocidade de reprodução e de alcance por minuto.

Assim, fica evidente a constante ascensão do uso de memes voltado para os negócios. Esse tipo de estratégia de marketing digital faz com que diversas páginas em redes sociais se tornem, progressivamente, mais criativas e populares, transformando-as em verdadeiros mercados, de maneira que o mix de marketing (ou 4 ps do marketing) sejam trabalhados mais fluidamente, tendo o produto, com um preço de divulgação acessível, para uma praça grande (toda rede de internet e seu alcance) e com uma promoção (divulgação) expansiva.

Logo, de acordo com o site Leia Já, esse tipo de página gera uma renda mínima de R$2 mil por mês para perfis criadores iniciais. Em resumo, os memes combinados com o marketing digital estão transformando hobby em profissão.

REFERÊNCIAS

LEIA JÁ. O que são memes?. In: Criadores contam suas estratégias no mercado dos memes?: Perfis de humor nas redes sociais chegam a ganhar mais de R$ 2 mil com publicidade e compartilhamento de conteúdo. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www1.leiaja.com/noticias/2019/09/16/criadores-contam-suas-estrategias-no-mercado-dos-memes/. Acesso em: 6 fev. 2020.

ROCK CONTENT. Como utilizar os memes na sua estratégia de Marketing Digital. [S. l.], 2019. Disponível em: https://rockcontent.com/blog/melhores-memes/. Acesso em: 1 fev. 2020.

STEIN, Thaís. O que são memes? In: O que são memes?. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.dicionariopopular.com/meme/. Acesso em: 6 fev. 2020.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DO TEXTO FEITA EM: 28.04.2020 

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Fyre Festival; Apesar de toda divulgação, faltou Marketing Sim!

Header-Fyre

O Fyre Festival foi um evento exclusivo para promover a criação de um aplicativo de reservas de hotéis, o qual juntou Billy McFarland ao rapper Ja Rule (Ambos empreendedores e grandes investidores da área de entretenimento) a criarem o que prometeu ser o “festival do ano”. Impulsionado pela sua publicidade em Mídias Digitais, através de influenciadoras como Emily Ratajkowski, Bella Hadid e Kendall Jenner, conseguiram alcançar milhões de pessoas. Sobrecarregando as redes sociais com fotos de quadrados laranja e com a hashtag “#fyrefestival”, fascinou e instigou a curiosidade de multidões e a venda de pacotes que poderiam custar até 100 mil dólares, a organização prometia acomodações de luxo e “o melhor da comida, da arte, da música e das aventuras” em uma ilha caribenha. Mas apesar de toda a mídia em cima e todas as promessas ao público, o evento foi um grande fracasso.

Mas antes de entender o grande fiasco que foi esse festival, é importante saber que apesar de estarem muito próximos, marketing e publicidade não são a mesma coisa. Diferente do que muitas pessoas imaginam, essas áreas não possuem o mesmo conceito. Cada uma delas tem as suas características e podem trazer resultados extraordinários para o negócio se aplicadas corretamente. A publicidade, por exemplo, é um dos instrumentos que o marketing utiliza na criação das suas estratégias. É o ato de propagar uma mensagem atendendo aos diversos objetivos de marketing. Uma publicidade pode ter a finalidade de vender um produto, divulgar uma ideia ou atrair mais visibilidade para a marca, por exemplo. Sendo assim, é um fato incontestável que toda a publicidade criada em volta do festival foi extremamente eficaz. Embora não tenha sido 100% eficiente, no que agora diz respeito ao marketing.

O marketing é um conjunto de estratégias que visa ajudar as empresas no alcance dos seus objetivos e, por isso, responsável pelo planejamento de todas as ações necessárias para atingir os propósitos do negócio. Para isso, o marketing considera os 4 Ps: Produto (O que se vende); Preço (O Valor do produto); Praça (Onde o Produtor é oferecido); e Promoção (A divulgação do produto). Desse modo, embora a organização do festival tenha sido muito eficaz em toda a Promoção e Praça do festival, eles deixaram muito a desejar nos outros pilares do marketing: Não entregando metade do produto que foi prometido, por mais que eles entendessem quais os atributos valorizados pelo público são ignorados pela concorrência. Sobre o Preço, o mais importante é saber que a volatilidade dele está diretamente ligada ao posicionamento de mercado, com essa informação a organização do evento poderia ter organizado um posicionamento para as demandas junto ao que eles poderiam realmente demandar, tendo seu preço definido pelo próprio mercado.

Esse festival, certamente, chamou a atenção para o fato de que infelizmente muitas empresas, de acordo com o estudo de caso de um pesquisador sobre o assunto, Ribeiro (2019), ainda veem o Marketing de forma muito simplista e acreditam que fazê-lo se resume a “distribuir flyers, fazer comercial, ter um site e enviar emails”. Pode parecer exagero, mas enxergar o Marketing dessa maneira, além de desperdício de recursos, a longo do tempo, pode culminar no fracasso de um empreendimento, ou nesse caso um festival. Por conseguinte, é grande a lista de displicência do Marketing do Fyre Festival: Investir muito em publicidade online e esquecer-se da importância do planejamento. Falta de desenvolvimento geral da campanha/produto e até mesmo na distribuição dos serviços. Indiferença em entender as necessidades do seu público e sua capacidade de fornecer o que está sendo vendido. O que levou à ruína toda boa campanha e uso adequado de marketing digital. Entretanto, o que mais pesou negativamente no marketing do evento foi o fato de que eles continuarem a divulgar um serviço insustentável que não teria como existir, mentindo e assim frustrando todos os seus clientes.

Embora tenha ocorrido todo esse fiasco responsável pelo marketing do evento, nem tudo foi culpa dele. O evento em si tinha um bom planejamento inicial, entretanto muitos erros quanto ao prazo do evento, localização, montagem, contratação e divulgação dos serviços foram cometidos durante o processo. O que também acarretaram no fracasso do festival e do aplicativo.

Logo após todos esses erros, o festival que contaria com um público de milhares de pessoas teve o seu declínio. A propaganda de um evento com qualidade em transporte, acomodações, gastronomia, música e um ambiente paradisíaco era uma farsa.  Apesar de a intenção existir, era para um público bem menor do que o esperado. E durante o planejamento e desenvolvimento do evento as coisas saíram do controle. Por diversos fatores, desde o planejamento, consonâncias de prazos e verbas destinadas para a execução dos serviços.

E numa coincidente ironia, as redes sociais que criaram o festival, também foram elas que a derrubaram. Quando os primeiros clientes chegaram à ilha e descobriram as condições deploráveis em que seriam recebidos, os vídeos e as fotos que publicam acabaram com a grande mentira que era o Fyre. Os inúmeros influenciadores digitais se juntaram aos convidados e publicaram uma série de vídeos nas redes sociais revelando a grande mentira do evento.

O Fyre Festival, logo, não foi apenas uma experiência traumática para as pessoas que pagaram, também teve um forte impacto negativo sobre a população local que ajudou os organizadores a preparar o evento. Segundo o documentário da Netflix, uma dona de restaurante conta que desembolsou US$ 50 mil do próprio bolso para fornecer alimentação para o festival. Além do mais, o organizador Billy McFarland não pagou os trabalhadores da ilha por seu tempo ou recursos dedicados.

No fim, o festival foi exposto como uma fraude, e seu fundador, Billy McFarland, foi condenado em fevereiro a pagar R$ 11 milhões para os investidores e a seis meses de prisão. Em paralelo, Ja Rule, foi nomeado em um processo milionário movido por várias pessoas que compareceram ao evento. Entretanto, o rapper não sofrerá consequências por seu papel na criação e promoção do Fyre Festival, evento desastroso de 2017 que virou tema de documentário da Netflix no começo deste ano.

REFERÊNCIAS:

GILBERT, Loren Grace; CHILDERS, Courtney; BOATWRIGHT, Brandon. Fyre Festival: The good, the bad, the ugly and its impact on influencer marketing. 2020.

KOTLER, Philip. Kotler on marketing. Simon and Schuster, 2012.

RIBEIRO, Natan Henrique Ferreira. CONSTRUÇÃO DE BRANDING E SUAS INTERFACES NO SEGMENTO DO ENTRETENIMENTO: Um estudo de caso das marcas Rock in Rio e Fyre Festival. 2019.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO NO TEXTO FEITA EM: 01.03.2020

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Algumas lições de liderança com o filme Aquaman

BANNER AQUAMAN

O filme Aquaman estreou nos cinemas brasileiros no dia 13 de dezembro de 2018 e conta a história do meta-humano Arthur, que nasceu do amor de um humano com a rainha de Atlântida. Como primogênito, Arthur é o único que pode acabar com a guerra que seu irmão, Orm, pretende declarar contra os humanos. De acordo com a Folha de São Paulo (2019), o filme já arrecadou cerca de US$ 1, 09 bilhões no mundo todo, ultrapassando a franquia “Batman” e se tornando o filme mais lucrativo da DC, até o momento (01 de fevereiro).

De início, Arthur não tem pretensão de assumir o trono de Atlântida e, muito menos, a responsabilidade de liderar o povo. Mas, mesmo assim, ainda se pode tirar algumas lições de liderança do filme.

Primeiro, todos nós sabemos como é difícil acreditar no nosso potencial, e com os líderes não é diferente, muitos deles ainda “tremem na base” em momentos de dúvida. Por isso é sempre bom saber quem são as pessoas que acreditam no seu potencial, assim como Mera, princesa de Atlântida, que ajudou Arthur no seu caminho e sempre acreditou no que ele poderia realizar.

Assim como quaisquer outras pessoas, os líderes precisam possuir inteligência emocional, já que lidam, constantemente, com a tomada de decisão e precisam analisar a situação, além de seguir no melhor caminho para alcançar os objetivos. Com Arthur não é diferente, em determinado momento do filme, ele acredita não ser capaz de atingir seu objetivo e pensa em desistir.

Por fim, é sempre importante conhecer o seu propósito. Arthur tinha a missão de unir os dois povos, terrestres e submarinos, para que convivessem em paz, por isso ele passou por vários desafios para cumprir sua meta. Da mesma forma que os líderes precisam ter seus objetivos claros e não devem medir esforços para alcançá-los, nós também devemos nos planejar e traçar o melhor caminho para atingir um determinado objetivo.

Dessa forma, ter pessoas que podemos confiar, acreditar no nosso potencial, ter inteligência emocional e conhecer os nossos propósitos são lições que servem para todos, não importa se você é um líder, um meta-humano como o Aquaman ou um estudante, tendo esses pontos em mente, o caminho para atingir o seu objetivo fica mais fácil.

REFERÊNCIAS:

ADOROCINEMA. Aquaman. 2019. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-208692/>. Acesso em: 11 jan. 2019.

ALVES, Ana Carolina. 4 lições de liderança do filme Aquaman. 2019. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/4-licoes-de-lideranca-do-filme-aquaman/113655/>. Acesso em: 11 jan. 2019.

FOLHA DE SÃO PAULO. Aquaman’ ultrapassa ‘Batman’ e é filme com maior bilheteria da DC. 2019. Disponível em: <https://f5.folha.uol.com.br/cinema-e-series/2019/01/aquaman-ultrapassa-batman-e-e-filme-com-maior-bilheteria-da-dc.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO NO TEXTO FEITA EM: 15.02.2019

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Desafio da Gestão de Pessoas no Terceiro Setor

O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com a precariedade do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor, que é formado por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, as quais têm como objetivo gerar serviços de caráter público.

Nos últimos 20 anos, houve um grande aumento da atuação destas organizações voltadas para assistência social, saúde, educação, meio ambiente, arte e cultura, entre outros. Porém, ao mesmo tempo que esse setor se fortaleceu, também foram reduzidas as contribuições provenientes, principalmente, de instituições financiadoras internacionais que, sob pressões exercidas pela globalização, redirecionaram suas estratégias de investimento. Logo, o contexto do terceiro setor é de crise que, por sua vez, estimula a busca por novos modos de sustentação (FISCHER, 2002).

A busca por novos modelos de sustentação demanda um conhecimento gerencial apropriado, o que confronta com a natureza de muitas destas organizações, formadas, geralmente, a partir de lideranças comunitárias, voluntárias e muitas vezes conduzidas por indivíduos com reduzida ou até nenhuma experiência administrativa. Vale ressaltar, ainda, que a estrutura de gestão é composta por pessoas com as mais diversas formações. Nessas circunstâncias, a gestão de pessoas é de extrema importância, já que ela objetiva alcançar os resultados pretendidos para os projetos, satisfazendo, da melhor forma possível, os valores e à missão institucional de que se revestem.

Dessa maneira, a gestão de pessoas dentro do terceiro setor é um grande desafio, já que essas organizações possuem características próprias, a cultura exerce grande poder no planejamento e nas práticas de gestão que, diversas vezes, resultam em obstáculos para a introdução de atividades administrativas com certo grau de formalização (FISCHER; BOSE, 2005), pois este estilo de gestão se destaca pela flexibilidade e informalidade, que se caracteriza pela ausência de normas e procedimentos escritos, tornando as atividades mais rápidas. Entretanto, por outro lado, dificulta a gestão pela falta da definição de funções e responsabilidades dos membros – podendo resultar em conflitos e falhas, retrabalho ou atividades que deixam de ser executadas.

Nesta perspectiva, a formação de profissionais para o Terceiro Setor necessita ser constituída de acordo com o perfil e demandas específicas deste tipo de organização, não sendo possível a mera transposição de modelos, técnicas e processos da gestão da iniciativa privada e do Estado, sem que se realize o estudo de suas características distintas. Este estudo traz novas concepções, também para a gestão de pessoas destas organizações, o que demanda a construção de processos voltados para as competências e o comprometimento dos profissionais.

 

REFERÊNCIAS:

FISCHER, Rosa Maria; BOSE, Mônica. Tendências para a gestão de pessoas em organizações do Terceiro Setor. In: Asamblea Anual Consejo Latinoamericano de Escuelas de Admnistración – CLADEA. Santiago, 2005.

KANITZ, Stephen. Artigos do Terceiro Setor: O que é o Terceiro Setor?. 2018. Disponível em: <http://www.filantropia.org/OqueeTerceiroSetor.htm>. Acesso em: 01 nov. 2018.

PERSPECTIVAS E DESAFIOS – NOTAS INTRODUTÓRIAS. Serviço Social & Realidade, São Paulo, v. 18, n. 2, p.107-132, 2009.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO NO TEXTO FEITA EM: 30.11.2018

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O Diabo Veste Prada: resiliência no trabalho

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Resiliência no âmbito de trabalho é mais do que fundamental na atualidade. Os patrões buscam cada vez mais por profissionais que são capazes de superar obstáculos e resolver problemas sem criar outros. De acordo com a revista EXAME (2012), existe uma escala criada por Paulo Yazigi Sabbag, professor de administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, com nove fatores que avaliam a resiliência dos profissionais, sendo eles: autoeficácia, solução de problemas, temperança, empatia, proatividade, competência social, tenacidade, otimismo e flexibilidade mental.

No filme O Diabo Veste Prada, contamos com a história de Andrea Sachs (Anne Hathaway), recém-formada em jornalismo, que consegue uma vaga de emprego para trabalhar na conceituada revista de moda Runway, a mais importante revista de moda de Nova York, na qual sua função é ser segunda assistente de Miranda Priestly (Merly Streep), a principal executiva da revista. Porém, em pouco tempo Andy começa a questionar suas habilidades de assistente devido ao seu tenso ambiente de trabalho.

Ao começar a exercer sua função, mesmo com os desafios impostos por Miranda, Andrea demonstra equilíbrio emocional, aceitando os insultos de outros profissionais e tornando-se flexível dentro do mundo o qual ela desconhecia e não se encaixava. Nesse momento, podemos notar o gerenciamento de conflitos que a personagem exerce. Conflitos são gerados por divergências de interesses entre duas ou mais pessoas – tornando o clima organizacional não agradável e gerando impacto nas relações entre os funcionários. No contexto do filme, o conflito acontece de forma mais evidente entre Andrea e Emily, a assistente principal de Miranda, que se sente ameaçada ao ver Andrea cumprindo todos os seus deveres e solucionando todos os problemas, podendo vir a se tornar a assistente principal.

À vista do que foi dito, podemos ressaltar a importância da gestão de conflitos na organização pois, quando utilizada, as divergências são facilmente identificáveis, podendo até serem previstas e evitadas. Entretanto, conflitos não devem ser evitados, acomodados ou forçados. Mas como assim não evitar conflitos? Ao identificar um conflito e adiar sua solução, visando evita-lo, o problema pode se tornar cada vez maior e necessitar de uma solução mais complexa. Com isso, é essencial o comprometimento e colaboração, buscando sempre comunicar a equipe da real situação em que a organização se encontra e solucionar os conflitos existentes.

 

REFERÊNCIAS

KAMANCHEK, Amanda. 9 passos para ter mais resiliência no trabalho. 2012. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/9-passos-para-ter-mais-resiliencia-no-trabalho/>. Acesso em 7 de out. 2019.

PUPO, Maria Bernadete. O que O diabo veste Prada pode ensinar. 2013. Disponível em: <https://www.tribunapr.com.br/blogs/opiniao/o-que-o-diabo-veste-prada-pode-ensinar/>. Acesso em 23 de set. 2019.

SANTOS, Lucas. Gestão de conflitos nas organizações: O que é? Como lidar e 5 dicas para colocar em prática. 2018. Disponível em: <https://www.sankhya.com.br/blog/gestao-de-conflitos-nas-organizacoe/>. Acesso em 16 de set. 2019.

SANTOS, Nathalia Bueno dos.Comportamentos Individuais/Grupais e as Organizações – Filme: “O Diabo Veste Prada”. 2018. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/comportamentos-individuais-grupais-e-as-organizacoes-filme-o-diabo-veste-prada/156412>. Acesso em 23 de set. 2019.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO NO TEXTO FEITA EM: 25.11.2019

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Cultura e Mercado Drag: Shantay, you both stay.

RuPaul's Drag Race (Season 8) Images | Logo Press

Na última década, a cultura drag tem se desenvolvido bastante, sendo muito influente na cultura pop. Desde a criação do programa RuPaul’s Drag Race em 2009, fabulosas Drag Queens conquistaram os corações de milhões de fãs ao redor do globo. Com tanta exposição, grandes oportunidades mercadológicas surgiram e onde há oportunidade, há sucesso.

A arte drag está intimamente associada a homens gays e cultura gay, mas uma drag queen pode ser de qualquer orientação sexual e gênero. “Drag” vem do verbo em inglês “to drag”, que significa arrastar em português. A expressão remete ao fato de que as longas roupas femininas se arrastavam pelos palcos e, em decorrência dele, drag virou um termo associado a homens vestidos de mulher. Drag queens são, por definição, indivíduos, geralmente do sexo masculino, que se vestem com roupas femininas e geralmente agem com feminilidade exagerada e em papéis femininos de gênero com um propósito primordialmente lúdico e satírico.

Com a ascensão dessa esfera no ramo de entretenimento, várias drag queens se aproveitaram desse sucesso para divulgar suas marcas e mercadorias nas redes sociais. A DragCon, a maior convenção da categoria, reuniu fãs e drag queens, além de movimentar mais de 9 milhões na sua edição de 2017. Canais de televisão e de streaming, como a Netflix, produzem séries e programas de televisão focados nessa cultura como, por exemplo, o The Trixie and Kayta Show, exibido pela Viceland, e os shows Dancing Queen e Super Drags da Netflix.

Nos ramos da moda, do cinema e do teatro, a categoria também marca presença. Muitas drag queens participaram de campanhas de moda em revistas famosas, como a Vogue e a Dazed. No ramo cinematográfico, estão em originais da Netflix como, Hurricane Bianca (e sua sequência Hurricane Bianca 2: From Russia with Hate)e Cherry Pop, além do filme da Lady Gaga, A Star Is Born. Essa classe de artistas se mostra bastante presente no ramo de entretenimento, movimentando um grande mercado na área dessa indústria, e a sua evolução nos mostra que a cultura e indústria drag e, por extensão, a cultura e indústria LGBTQ+, vêm ganhando mais visibilidade e aceitação, sendo porta vozes importantes para a quebra de preconceitos e discriminação sofridas pela categoria.

 

REFERÊNCIAS:

BBC, Long live the queens: How drag culture went mainstream. Disponível em: <https://www.bbc.com/news/business-44335007>. Acesso em: 03 de dezembro de 2018.

CNBC, How ‘RuPaul’s Drag Race’ helped mainstream drag culture — and spawned a brand bringing in millions. Disponível em: <https://www.cnbc.com/2018/09/28/rupauls-drag-race-inspired-multimillion-dollar-conference-dragcon.html>. Acesso em: 03 de dezembro de 2018.

DAZED, The IG placing iconic drag queens in full-on fantasy fashion editorials. Disponível em:<http://www.dazeddigital.com/fashion/article/40883/1/drag-queen-fantasy-fashion-editorial-magazine-cover-rupaul-dragmorph-shea-coulee>. Acesso em: 03 de dezembro de 2018.

G1, Drag queens: a história da arte por trás de homens vestidos de mulher. Disponível em: <https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/drag-queens-a-historia-da-arte-por-tras-de-homens-vestidos-de-mulher.ghtml>. Acesso em: 03 de dezembro de 2018.

WIKIPEDIA, Drag queen. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Drag_queen>. Acesso em: 03 de dezembro de 2018.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO NO TEXTO FEITA EM: 09.07.2019

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