Como se realocar no mercado?

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No atual mercado de trabalho, é bastante comum observar profissionais com um bom nível de qualificação não conseguirem se realocarem no mercado ou encontrarem dificuldades para conquistar uma vaga de emprego.

Se você está passando por situações parecidas, segue algumas dicas que podem lhe ajudar:

1. Você está sendo específico ao enviar seu currículo para vagas condizentes ao seu perfil?

Não adianta mandar seu currículo para qualquer vaga que esteja no mercado. Os recrutadores só estarão interessados em perfis que se adequem à função. Por isso, tenha bastante atenção às vagas as quais você envia o seu currículo.

2. Está encaminhando seu currículo da forma mais adequada?

Nesse requisito, é observado: envio personalizado (destinado à empresa em questão), inclusão de breve apresentação do seu trabalho, envio do documento em anexo (especificamente, em PDF) e, por último, e não menos importante, envio do currículo dentro do perfil exigido.

3. Você atualizou o seu currículo e conferiu se nele estão todas as informações necessárias?

Os dados referentes ao contato são básicos. O número do telefone deve estar sempre atualizado e, também, o e-mail deve ser aquele que você costumar utilizar com mais frequência. Além disso, suas informações profissionais devem estar expostas de forma clara e objetiva.

Por fim, para conquistar a vaga que você tanto almeja, esteja atento a questões básicas – principalmente relacionadas ao envio do currículo – que, no fim, podem fazer a diferença na escolha do candidato.

REFERÊNCIAS

Administradores.com. Por que bons profissionais não conseguem se recolocar no mercado de trabalho?. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/porque-bons-profissionais-nao-conseguem-se-recolocar-no-mercado-de-trabalho/108246/>. Acesso em: 06 de dezembro de 2017.

larissa-silva

Nokia: como o medo organizacional a nocauteou na batalha dos smartphones

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A Nokia mudou a experiência das pessoas com a telefonia móvel ao apresentar smartphones práticos e com design moderno nos primeiros anos da década de 2000. A empresa finlandesa liderava no mercado de celulares, porém, a partir de 2007, os primeiros lançamentos da Apple e da Samsung acirravam a competitividade no mercado, demonstrando a necessidade de investir em novas estratégias para se manter no topo. Entretanto, erros administrativos decorrentes da cultura do medo presente na empresa, relatados pelos executivos, mostraram como a Nokia perdeu a batalha dos smartphones. 

O estudo Distributed Attention and Shared Emotions in the Innovation Process: How Nokia Lost the Smartphone Battle (2015) averiguou, através de 76 entrevistas com gerentes de topo e de médio, engenheiros e especialistas externos da Nokia, que o fracasso da empresa na elaboração de uma nova geração de smartphones foi fundamentado no medo organizacional, no qual era pautado por líderes temperamentais, mantimento de status e gerentes com medo de apresentar dados verídicos sobre a organização.  

Embora percebessem que a Nokia precisava de um melhor sistema operacional para que seus telefones correspondessem ao iOS e ao Android, os gerentes sabiam que levaria vários anos para desenvolver um sistema que pudesse competir igualmente com os demais, mas temiam reconhecer publicamente a inferioridade do Symbian (sistema operacional da Nokia na época), para investidores externos, fornecedores e clientes, e, assim, perdê-los rapidamente. Os gerentes da empresa finlandesa permaneceram em silêncio ou forneceram informações otimistas ao conselho. O medo compartilhado e exacerbado, sustentado por uma cultura de status dentro da Nokia, fazia com que todos desejassem manter o poder, com temor de serem alocados para outras afiliais ou serem rebaixados ou demitidos. 

A Nokia acabou dando uma atenção desproporcional aos seus objetivos e investiu fortemente em recursos para o desenvolvimento de novos dispositivos em curto prazo de tempo para serem lançados logo no mercado. Dessarte, a empresa entregou ao mercado smartphones com baixa capacidade operacional, diminuindo, assim, suas vendas e, sem saída, teve que vender a parte de telefones da marca Nokia a Microsoft em 2013. Atualmente, a marca pertence à empresa HMD Global.. 

Vemos, assim, que o medo organizacional pode ser bastante prejudicial a uma organização, uma vez que causa prejuízos que podem ser irreparáveis. No caso da Nokia, o professor de estratégia Quy Huy (2015) alega que se os principais gerentes da Nokia tivessem encorajado e permitido o diálogo, a coordenação interna e os mecanismos de feedback para entender o verdadeiro quadro emocional na organização, eles poderiam ter conseguido avaliar melhor o desempenho da empresa e elencar estratégias para se manterem no mercado do smartphones. 

Referências Bibliográficas

O´CONNOR, Thea.Wascollectivefearthereason for Nokia’sdownfall? 2017. Disponível em:<https://www.intheblack.com/articles/2017/03/01/nokia-outsmarted-collective-fear>. Acesso em 28 Nov. 2017. 

 

QUY N. Huy. CASE study: how Nokia lost the smartphone battle. 2015. Disponível em: <http://www.enterprisegarage.io/2015/12/case-study-how-nokia-lost-the-smartphone-battle>. Acesso em: 27 nov. 2017. 

 

TIMO O. Vuori & Quy N. Huy. DistributedAttentionandSharedEmotions in theInnovationProcess: How Nokia Lost the Smartphone Battle. Administrative ScienceQuarterly. 2015. Disponível em:<https://knowledge.insead.edu/strategy/who-killed-nokia-nokia-did-4268> . Acesso: 27 Nov. 2017 

Josué Paiva