Como o medo age no Contexto Organização?

TEXTO 348

Com a globalização, as empresas se veem diante de um quadro em que devem concorrer com empresas de todo o mundo e, cada vez mais, proporcionam um ambiente organizacional mais complexo, competitivo e impiedoso. Entretanto, por necessidade de sobrevivência e adaptação, os funcionários destas empresas se veem obrigados a aprender novas formas de atuar nas organizações por medo de um futuro incerto, ocasionado pelas constantes mudanças no ambiente organizacional (FERREIRA, 2006).

A dissertação “O Medo no Contexto Organizacional” de Marcelo Ferreira (2006), apresentada na Fundação Getúlio Vargas, identificou as causas e os efeitos do medo nos indivíduos dentro do contexto organizacional. Participaram da pesquisa 76 funcionários pertencentes ao setor privado. No estudo, ao perguntar aos respondentes, se já sentiram medo em seu ambiente de trabalho, obtiveram-se dois tipos de respostas: o medo de perder o emprego e o medo de não conseguir realizar uma tarefa requisitada. As principais causas de medo nos indivíduos que compuseram a amostra desta pesquisa são: ameaças, coações, intimidações, opressões, punições, ambientes de trabalho instáveis e inseguros, perda do emprego, concorrência desleal, conluios, sabotagens, trapaças, mau êxito em cumprir suas tarefas de trabalho e aumento abusivo de sua carga de trabalho. Associado a esses medos estão as reações destes indivíduos, o autor afirma, que os principais efeitos gerados pelo medo são: angústia, ansiedade, nervosismo, tensão, inquietação, depressão, dores de cabeça, paralisação, perda da criatividade, perda da naturalidade, frustração, adoção de posturas defensivas e navegabilidade de emprego (FERREIRA, 2006).

Os gestores de organizações devem estar muito atentos na construção de seus ambientes de trabalho. Portanto, um ambiente de inseguranças, instabilidades, com aumentos abusivos da carga de trabalho e com a utilização de condicionamentos negativos, proporciona a estimulação do medo nos indivíduos presentes neste ambiente e, assim, ocorre o que nenhum gestor gostaria que ocorresse: a subutilização da capacidade intelectual e profissional de seus gerenciados. Ademais, o desrespeito com as necessidades, os limites e os reconhecimentos de todos os indivíduos proporciona a não utilização plena do recurso mais importante da organização: o capital humano. Com isso, os funcionários que poderiam estar se destacando e trazendo retorno a organização, por conta dos estímulos fóbicos, tornam-se indivíduos insípidos, sem criatividade, desgostosos, frustrados e com descompensais físicas e psicológicas (FERREIRA, 2006).

Referências:

FERREIRA, Marcelo. O Medo No Contexto Organizacional. 2006. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/3413/MArcelo.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 08 de Setembro de 2018.

Josué Paiva

O que não fazer para ser um bom líder/gestor: o caso The Office U.K (1ª temporada)

Texto 207 - Luis Matheus [SITE]

É muito comum encontrarmos textos na Internet ou em livros, elencando algumas características que tornam alguém um bom líder ou um gestor conceituado. Entretanto, esse texto seguirá o caminho inverso e trará, baseado em uma série de comédia britânica, algumas dicas e atitudes que um bom líder NÃO deve ter.

The Office é uma série, em forma de falso documentário, que trata do dia a dia dos funcionários de uma empresa de venda de papéis. A equipe é formada por alguns colaboradores que compõem a porção administrativa da filial e também por outros funcionários que não recebem tanto enfoque na série, mas são responsáveis pelo estoque da filial.

Nesse contexto, há o gestor da parte da administrativa, David Brent, que se considera um ótimo administrador. Além de pensar dessa forma, ele se vê mais como um amigo do que como um chefe, propriamente dito, para a sua equipe. Entretanto, no decorrer da 1ª temporada da versão britânica, observamos algumas atitudes que uma pessoa, em sua posição, não deve ter. A partir disso, serão elencadas 6 características e ações que um líder ou um bom gestor não deve possuir, além de discorrer sobre algumas de suas consequências:

  • Piadas inadequadas em momentos inoportunos e brincadeiras de mau gosto: com o objetivo de enturmar-se, David Brent faz brincadeiras e piadas, entretanto, elas são extremamente inadequadas – pois possuem cunho machista, sexista e xenofóbico – para qualquer ambiente, principalmente para um local onde o profissionalismo deve ser zelado.
  • Jogo de influência: também é perceptível o uso da influência a fim de conseguir vagas para pessoas que não possuem capacitação de exercer as atividades necessárias para o cargo, através de mentiras.
  • Desleixo com as ordens e diretrizes da matriz: também é vista a falta de respeito que o gestor médio, David Brent, trata a pauta das reuniões e ordenamentos da matriz, ocasionando falta de sinergia entre a matriz e a filial.
  • Pouca transparência: o gestor, em várias ocasiões, não repassa o que realmente está ocorrendo na organização para sua equipe, gerando falsa esperança em alguns colaboradores e desconfiança em outros, permitindo a proliferação de fofocas.
  • Falta de supervisão das atividades: os colaboradores, durante alguns episódios, exercem atividades que não são de sua função e o gestor, David Brent, não tem conhecimento das atividades diárias de seu grupo.
  • Fuga de conflitos: David Brent também não busca resolver os conflitos que surgem entre os colaboradores, o que gera desunião e falta de respeito na equipe.

Essas atitudes são nocivas para a boa convivência e otimização das ações do grupo e acabam por formar uma cultura de procrastinação, incerteza e falta de foco para se chegar aos objetivos da organização como um todo, que passa por um período de recessão.

A partir do exposto, podemos entender que o bom líder tem como algumas características essenciais: respeitar todos os membros de sua equipe; os tratando com isonomia; ser transparente e passar confiança; procurar resolver os conflitos que surgem dentro do grupo e, principalmente, tratar com seriedade as diretrizes que a matriz repassa as filiais.

Fontes:

REDAÇÃO (Org.). 5 séries que todo administrador deve ver. 2014. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/noticias/entretenimento/cinco-series-que-todos-os-administradores-devem-assistir/92818/>. Acesso em: 29 de maio de 2017.

cinthia-brito

Ser líder ou gestor?

Texto 206 - Larissa [SITE]

É com muita frequência que os termos liderança e gestão são usados como sinônimos, porém, existem diferenças que permeiam as definições acerca desses conceitos. Essas, quando conhecidas e exploradas de forma correta, facilitam a identificação dos aspectos que um gestor ou um líder não possuem ou que não os usam da melhor forma.

Para um melhor entendimento, relata-se que liderança está em torno da habilidade de influenciar, de alguma forma, um determinado grupo, visando o alcance de objetivos específicos; já o conceito de gestão está relacionado ao âmbito da autoridade inerente em uma hierarquia formal. Resumidamente, gestão é uma ciência que pode ser ensinada e aprendida, enquanto liderança é algo que permeia as características individuais de uma pessoa.

Todavia, não é impossível que um gestor se torne um bom líder! Alguns aspectos são primordiais para isso, como: construção de equipe, comunicação, inspiração e humildade. Com isso, um gestor-líder contribui significativamente para um bom funcionamento da organização, visto que o alcance efetivo e eficiente de um objetivo é melhor canalizado.

Ser capaz de mesclar suas características de gestor com as que envolvem os termos de liderança é uma habilidade única! A busca por carismas e inspiração é tão necessária quanto um monitoramento eficaz que visa garantir a execução de tarefas, visto que, juntas, essas atitudes viabilizam a formação de um gestor-líder que contribui, de maneira significativa, para uma organização.

Fontes:

Administradores.com. Você é um líder ou um gestor? Por que não os dois?. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/voce-e-um-lider-ou-um-gestor-por-que-nao-os-dois/96247/. Acesso em 23 de maio de 2017.

larissa-silva