LIÇÕES ADMINISTRATIVAS A SE APRENDER COM A SELEÇÃO BRASILEIRA

marianne conect

Reconhecida internacionalmente, a seleção brasileira possui 5 títulos mundiais que a faz se tornar objeto de estudo de técnicos e amantes de futebol, além de despertar o interesse de milhões de crianças e adolescentes que sonham em algum dia participar do elenco dessa seleção. Todo esse sucesso se dá devido a um conjunto de técnicas que permitiu o aprimoramento das habilidades e a formação de um time completo e capacitado para poder representar o país da melhor forma.

Sendo assim, o Brasil é reconhecido como o país do futebol e falhas nesse processo de preparação e administração podem gerar traumas, como o ocorrido em 2014 no jogo contra a Alemanha, no qual perdeu de 7 a 1, consequentemente, a partida ficou para a história mundial como uma das piores derrotas em copa do mundo. Com o tempo, a seleção foi se reerguendo a ponto de se tornar o primeiro país sul-americano a se classificar para a copa de 2018.

A seguir estão características que também podem ser aplicadas a fim de garantir o sucesso e a formação de uma empresa como um “time” e não como meros funcionários:

Planejamento: Primeiro passo para a formação de uma equipe de sucesso, o planejamento é essencial, pois, sem ele, ocorre uma série de problemas devido à falta de estrutura e de metas, visto que, não possuir um posicionamento claro pode gerar conflitos de ideias. Na seleção brasileira, o técnico Tite, com seu planejamento aliado ao estudo, possibilitou que a seleção aumentasse 10 pontos e garantisse a primeira colocação.

Importância de um bom líder: O Brasil encontrava-se numa situação criteriosa depois do jogo contra a Alemanha, e, com o passar do tempo, o desempenho caia cada vez mais. Desta forma, foi inevitável a substituição do técnico, revelando a necessidade na troca da administração do time. Com a saída do Dunga e a admissão do Tite, ex-treinador do Corinthians, a seleção começou a recuperar a confiança e adquirir resultados positivos. A Era Tite foi extremamente significativa, demonstrando que um bom líder faz total diferença, mesmo que não atuando ativamente em campo.

Não depender do craque do time: É bastante comum as organizações possuírem um profissional que se destaca de tal forma que a empresa torna-se dependente de suas aptidões. Sendo assim, é fundamental impedir essa dependência, investindo nos demais profissionais e incentivando-os a solucionar os problemas da organização, ao distribuir tarefas e poderes. Da mesma maneira, apesar de o Neymar ser o personagem principal da nossa seleção, medidas devem ser tomadas caso seja necessária a sua retirada. Com essa preparação, mesmo que o craque não jogue, o time não perde.

Contratação de profissionais versáteis:  A versatilidade se caracteriza como a capacidade de exercer diversas funções e desempenhar diversos papeis em uma organização. Logo, a rotatividade exerce uma peça-chave na administração por “testar” os funcionários com o intuito de localizar em quais posições eles mais se encaixam e produzem mais resultados, além de possibilitar facilidade de adaptação a novas circunstâncias.

Diante disto, a seleção brasileira inspira novas formas de lidar com os assuntos administrativos, que podem levar ao sucesso e mudar a história de qualquer organização. Essas lições são imensamente importantes para as empresas nascentes, pois podem facilitar muito a jornada e o êxito. Enquanto isso, só nos resta acompanhar o time brasileiro e torcer para que a taça seja nossa.

Referências

GLOBO. Tite vê injustiça com neymar e prepara seleção para encarar “fantasminha”. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/tite-ve-injustica-com-neymar-e-prepara-selecao-para-encarar-fantasminha.ghtml>. Acesso em: 03 maio de 2018.

REUTERS. Brasil garante vaga na copa de 2018 e tite faz alerta: equipe não está pronta. Disponível em: <https://br.reuters.com/article/sportsnews/idbrkbn1700fq-obrsp>. Acesso em: 03 maio de 2018.

A importância da liderança nas organizações: o caso Tite.

Texto 182 - Luis Matheus [SITE]

Para começar, vamos imaginar o seguinte cenário: você é um novo gestor de uma empresa multinacional respeitada em todos os países do mundo; sabe que possui ótimos colaboradores em sua equipe e eles sabem que são muito bons no que fazem; sendo considerados os melhores por muitas outras organizações. Porém, no momento que deveriam render, não produziam o esperado, deixando muito a desejar e acabavam não batendo as metas e/ou correspondendo às expectativas dos stakeholders, da organização e da própria equipe. Complicado, não é mesmo?

Foi nesse contexto que Adenor Bachi, conhecido como Tite, renomado técnico de futebol no Brasil e no mundo, assumiu a seleção brasileira de futebol. Uma equipe com ótimos jogadores, mas que por falta de uma orientação mais incisiva agia como um sistema em degradação, onde a entropia – desordem das partes de um grupo – estava consumindo cada pedaço da organização e tudo isso refletia na falta de comunicação entre os jogadores em campo.

No caso em questão, a liderança exercida por Tite, antes no Corinthians e agora na seleção canarinho, foi essencial para a retomada da vitalidade e da confiança do grupo. Antes da chegada do treinador, o time estava em situação de risco na tabela da Eliminatória Sula Americana para a Copa do Mundo da Rússia. Após sua entrada, e com implementação de suas técnicas de gestão, o Brasil passou a ocupar a primeira posição e já se encontra, quase que matematicamente, classificado para a Copa do Mundo de 2018.

Segundo Rogério Cher, professor da FGV, o grande mérito de Tite está alicerçado na sua capacidade de sonhar com grandes metas e convencer sua equipe de que há possibilidade real e palpável de tal proposta acontecer. Além disso, é notória a atenção que o treinador dá a cada jogador, permitindo que cada um tenha confiança em seu líder e consequentemente, haja o desenvolvimento do jogador, tanto em treinos quanto em jogos oficiais, e da relação com o seu “chefe”.

Portanto, com o caso Tite podemos ver a importância de um bom líder, ou como pontuou Daniel Alves – lateral direito que já joga há dez anos pela seleção – um bom gestor, que além da liderança e a crença na capacidade de cada jogador a sua disposição, tem como profissionalismo sua característica mais marcante. Com isso, podemos ver que características, como o respeito a diversidade, a falta de comodismo e a valorização do grupo, fizeram de Tite um ótimo líder e restaurador da confiança de todos os que, de alguma forma, estão envolvidos com a organização.

Fontes:

Folha.uol.com.br. Lições de Tite para gestores empresas à liderança absoluta. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/11/1712555-as-licoes-de-tite-para-gestores-levarem-suas-empresas-a-lideranca-absoluta.shtml>. Acesso em 13/12/2016.

Globoesporte.globo.com. Dani Alves compara Tite com antecessores: “é mais inteligente”. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2016/11/dani-alves-diz-que-tite-nao-e-paizao-e-e-que-e-bom-gestor-como-guardiola.html>. Acesso em: 13/12/2016

cinthia-brito