Slow Fashion, a conciliação da moda com o meio ambiente

Webjornalismo UFPI: Slow fashion: a nova maneira de consumir

O meio ambiente, desde meados do século passado, é temática alvo de grandes debates em busca de caminhos para desacelerar a degradação ambiental sem prejudicar o desenvolvimento social e econômico das sociedades. Em paralelo, a ascensão da indústria têxtil fixou um cenário de movimentação de cifras milionárias, e em muitos casos, de fomento da precarização da mão de obra em países emergentes, degradação do meio ambiente com resíduos industriais e indução do aumento de lixo comum com o descarte de roupas, calçados e acessórios “desatualizados” em relação às tendências da moda.

O modo de produção fast fashion – termo em inglês que significa “moda rápida”-  é um agravante desse problema, ao passo que esse sistema sugere um ciclo de produto muito curto, pois os itens são produzidos, vendidos e descartados com grande velocidade, sendo acompanhados principalmente pelas sazonalidades e pelo estilo de vida consumista desenvolvido por muitas pessoas na contemporaneidade.

Conforme dados do site Ecycle, as peças fast fashion são utilizadas, em média, cinco vezes e formam por volta de 400% mais emissões de carbono do que peças comuns, que em média, são usadas 50 vezes. Além das emissões de carbono, ainda se pode mencionar que para a produção dessas peças são desencadeados uma série de processos prejudiciais a natureza como os desmatamentos, extração de petróleo, utilização de agrotóxicos e fertilizantes.

De forma antagônica a esse movimento nocivo, tem-se o slow fashion – modo de produção que significa “moda lenta” – que tem como propósito a formação de um sistema transparente e com menos intermediação entre produtor e consumidor. Um dos benefícios que podemos elencar é a disponibilização ao mercado de produtos sustentáveis, promovendo a atuação colaborativa entre os agentes da cadeia têxtil e o descarte correto do lixo gerado. Segundo a revista InfoMoney (2018), a característica predominante desse estilo é o incentivo aos modelos de negócios locais e independentes, através dos bazares, dos designers independentes, das roupas artesanais feitas por tecelãs e dos produtores locais.

Dado esse cenário, o slow fashion torna-se um grande aliado da sustentabilidade, uma vez que promove a desaceleração da degradação ambiental ao passo que colabora com o desenvolvimento social e econômico dos produtores locais, sendo uma oportunidade grandiosa de, nós consumidores, adotarmos um estilo de vida na qual contribuímos com a sustentabilidade e seus pilares (social, econômico e ambiental), sem abrir mão de estar na moda e de bem consigo mesmo.

 

Referências

DINO. O impacto social do slow fashion: a moda sustentável. 2018. Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/patrocinados/noticias-corporativas/o-impacto-social-do-slow-fashion-a-moda-sustentavel/>. Acesso em: 30 jan. 2020.

LEGNAIOLI, Stella. O que é fast fashion? s.i.. Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/5891-fast-fashion>. Acesso em: 23 jan. 2020.

PEREIRA, Bárbara. Slow fashion: como se adaptar ao movimento que preza pela moda sustentável. 2019. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br/noticias/moda-e-beleza,slow-fashion-como-se-adaptar-ao-movimento-que-preza-pela-moda-sustentavel,70002851663>. Acesso em: 23 jan. 2020.

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO NO TEXTO FEITA EM: 13.06.2020

Diego mota

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