Autoconhecimento e liderança: uma intrínseca relação

Artigo 45 Cleilton

A correria do dia a dia, aliada à pressão por alta produtividade e a busca por altas remunerações, têm empurrado cada vez mais profissionais para a alienação a respeito de quem são de verdade. Conhecer-se é uma prática que parece ser exercida apenas por aqueles que “não têm o que fazer”, pois afinal de contas quem tem tempo para gastar com tal atividade? Mas qual será a importância de se praticar o autoconhecimento? E qual a importância desta prática para a liderança?

A prática do autoconhecimento, como o próprio nome esclarece, consiste em viajar rumo ao interior, à essência do ser, buscando conhecer suas potencialidades, dificuldades, temperamento, características. É olhar para o passado com lentes de análise, com espírito investigativo, a fim de saber o porquê de se estar com as características que se tem.

Segundo Susane Zanetti, mestre em Gestão Empresarial pela FGV/ENAPE, o autoconhecimento pode ser desenvolvido através de atividades como: a busca de feedbacks de terceiros; coaching; terapia; identificação de intenções pessoais; conhecimento e utilização de competências positivas; contato com seus sentimentos; e o conhecimento e administração das próprias limitações.

Daniela Ribeiro, gerente sênior da Robert Half, aponta que desenvolver autoconhecimento exige maturidade, paciência, comprometimento e disciplina. Para a gerente é importante que o interessado na prática esteja aberto e disposto a buscar ferramentas que levantem questionamentos que conduzam a percepção da essência de quem se é e quais são os objetivos para sua vida profissional.

Em artigo publicado por Sidnei Oliveira, em seu blog na Exame.com, a consultora de carreira Waleska Farias aponta que aquele que não conhece a si mesmo não pode ser responsável por outras pessoas, e que através do conhecimento vem à confiança necessária para liderar. O líder precisa ter o entendimento de que as pessoas diferem umas das outras e por isso elas apresentam diferentes necessidades. O autoconhecimento possibilitará ao praticante a compreensão daquilo que se quer conquistar, permitindo assim a inclusão das necessidades e expectativas do outro na própria realidade.

De modo conclusivo, pode-se identificar o autoconhecimento como premissa básica do autodesenvolvimento e fundamento das relações interpessoais, como aponta Sidinei Oliveira. É uma prática que possibilita a tomada de decisões de modo mais consciente, além de proporcionar a neutralização dos pontos fracos e a exaltação daquilo que é positivo, o que se traduz de modo muito favorável a uma maior produtividade profissional e o desenvolvimento de relações interpessoais no ambiente de trabalho que sejam mais respeitosas e compreensivas. Somado a estes benefícios, deve-se incluir o favorecimento da motivação pessoal e do grupo, uma vez que o autoconhecimento permitirá saber onde de fato se quer chegar. Conhecer-se, portanto, é uma atividade fundamental ao líder.

Fontes:

http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2013/07/16/autoconhecimento-o-principio-da-lideranca/

http://www.roberthalf.com.br/portal/site/rh-br/menuitem.b0a52206b89cee97e7dfed10c3809fa0/?vgnextoid=50e2a3a9cb815410VgnVCM100000180af90aRCRD

http://www.zhz.com.br/artigos/o-impacto-do-autoconhecimento-na-lideranca/

Cleilton

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